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Maduro pode prender gerentes da Kraft Heinz por “sabotagem”

A ação mais recente contra uma companhia multinacional na Venezuela ocorre poucos dias antes das eleições legislativas

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro: não é a primeira vez que o presidente realiza campanhas contra líderes empresariais (REUTERS/Jorge Dan Lopez)
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Da Redação

Publicado em 2 de dezembro de 2015 às 09h33.

Caracas - Os gerentes das operações venezuelanas da Kraft Heinz podem ser presos caso seja comprovada “sabotagem”, disse o presidente da Venezuela , Nicolás Maduro, na noite de terça-feira na televisão estatal.

A ação mais recente contra uma companhia multinacional na Venezuela ocorre poucos dias antes das eleições legislativas, nas quais o Partido Socialista, de Maduro, deve perder a maioria na Assembleia Nacional pela primeira vez em uma década e meia.

Essa não é a primeira vez que o presidente realiza campanhas contra líderes empresariais e ordena prisões, seguindo os passos do antecessor Hugo Chávez, que expropriou operações de pequenos negócios a multinacionais na Venezuela.

Maduro disse durante um programa televisivo de quatro horas de duração que trabalhadores denunciaram a companhia alimentícia por paralisação “injustificável” das linhas de produção.

“Se os gerentes estão cometendo sabotagem, aqui está o chefe da Sabin (serviço de inteligência da Venezuela) e ele irá colocá-los na prisão”, disse Maduro, acrescentando que autoridades iriam visitar fábricas nesta quarta-feira. “Chega da burguesia. Prendam-os”.

A economia é uma das principais preocupações dos eleitores na Venezuela, com inflação considerada na casa dos três dígitos e falta dos bens mais necessários, que levam a longas filas nos mercados.

Críticos veem a retórica antiempresas de Maduro como uma tentativa de angariar apoio antes da eleição de domingo, e dizem que atacar empresas só irá piorar a escassez.

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Caracas - Os gerentes das operações venezuelanas da Kraft Heinz podem ser presos caso seja comprovada “sabotagem”, disse o presidente da Venezuela , Nicolás Maduro, na noite de terça-feira na televisão estatal.

A ação mais recente contra uma companhia multinacional na Venezuela ocorre poucos dias antes das eleições legislativas, nas quais o Partido Socialista, de Maduro, deve perder a maioria na Assembleia Nacional pela primeira vez em uma década e meia.

Essa não é a primeira vez que o presidente realiza campanhas contra líderes empresariais e ordena prisões, seguindo os passos do antecessor Hugo Chávez, que expropriou operações de pequenos negócios a multinacionais na Venezuela.

Maduro disse durante um programa televisivo de quatro horas de duração que trabalhadores denunciaram a companhia alimentícia por paralisação “injustificável” das linhas de produção.

“Se os gerentes estão cometendo sabotagem, aqui está o chefe da Sabin (serviço de inteligência da Venezuela) e ele irá colocá-los na prisão”, disse Maduro, acrescentando que autoridades iriam visitar fábricas nesta quarta-feira. “Chega da burguesia. Prendam-os”.

A economia é uma das principais preocupações dos eleitores na Venezuela, com inflação considerada na casa dos três dígitos e falta dos bens mais necessários, que levam a longas filas nos mercados.

Críticos veem a retórica antiempresas de Maduro como uma tentativa de angariar apoio antes da eleição de domingo, e dizem que atacar empresas só irá piorar a escassez.

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