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Maduro pede investigação de ONU por "ciberataque" no apagão

Líder socialista acusa os Estados Unidos de causar queda de energia que afeta a Venezuela há cinco dias

Maduro: líder socialista sofre pressão da comunidade internacional para deixar comando do país (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

Maduro: líder socialista sofre pressão da comunidade internacional para deixar comando do país (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

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AFP

Publicado em 13 de março de 2019 às 07h19.

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, pediu nesta terça-feira o apoio da ONU e de seus aliados Rússia e China para investigar o "ciberataque" dos Estados Unidos que segundo ele provocou o apagão que afeta o país há cinco dias.

"Vou pedir o apoio da ONU, China, Rússia, Irã e Cuba, países de grande experiência na defesa de ciberataques", declarou Maduro em rede nacional de rádio e TV.

O líder socialista criou uma comissão para investigar o "ataque" e informou que a estatal Corpoelec está próxima de restabelecer o fornecimento de energia, que paralisa a Venezuela desde a quinta-feira passada.

"Temos a vitória em nossas mãos, na reposição do sistema elétrico, agora nos cabe consolidar a vitória na guerra elétrica", disse Maduro, advertindo para novas "sabotagens".

Maduro reafirmou que a hidroelétrica de Guri - a principal do país - foi hackeada por Washington para apoiar a oposição venezuelana e tirá-lo do poder.

Com base nos trabalhos da comissão "vamos desvendar como foi o ataque, quem o fez, o que pretendiam e o que conseguiram", prometeu Maduro, que tem "provas de que a sabotagem foi encomendada pelo Pentágono e pelo Comando Sul, e dirigida de Houston e Chicago contra o sistema elétrico e de telecomunicações".

Segundo Maduro, o objetivo era "provocar um conflito civil", o que representa "terrorismo e uma grave violação dos direitos humanos".

Isto é "apenas pela ambição do poder político, pela ambição imperialista dos Estados Unidos de colocar as mãos no petróleo, pela ambição de Donald Trump de somar a Venezuela à sua riqueza".

Maduro culpa em particular o líder opositor Juan Guaidó, reconhecido como presidente interino da Venezuela por mais de 50 países, incluindo os Estados Unidos.

Guaidó, que lidera a mobilização nacional contra Maduro, declarado "usurpador" pelo Legislativo por assumir um segundo mandato fruto de "eleições fraudulentas", reafirmou nesta terça-feira que não duvidará em aplicar o artigo constitucional que autoriza uma intervenção estrangeira no país.

Maduro garantiu que o fornecimento de energia está prestes a voltar à maior parte do país, mas pediu à população que mantenha velas, lanternas e equipamentos de emergência diante da possibilidade de novas sabotagens.

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