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Maduro formaliza candidatura à reeleição na Venezuela

Maduro aspira a um terceiro mandato na eleições marcadas para 28 de julho, o que estenderia a sua gestão a 18 anos no poder

Eleições na Venezuela: o prazo para inscrição de candidatos termina em algumas horas (Federico Parra /AFP)

Eleições na Venezuela: o prazo para inscrição de candidatos termina em algumas horas (Federico Parra /AFP)

AFP
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Agência de notícias

Publicado em 25 de março de 2024 às 10h48.

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, formaliza nesta segunda-feira, 25, a sua candidatura à reeleição perante a autoridade eleitoral do país, acusado de servir o chavismo e de montar um cerco para impedir a nomeação da coalizão de oposição liderada por María Corina Machado

Maduro aspira a um terceiro mandato na eleições marcadas para 28 de julho, o que estenderia a sua gestão a 18 anos no poder, quatro a mais que o seu antecessor Hugo Chávez tinha quando morreu em 2013.

O Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), de situação, fez um apelo aos seus membros para acompanharem o presidente até o Conselho Nacional Eleitoral (CNE). Espera-se um grande esquema de segurança para a chegada do mandatário, com veículos anti-motim posicionados do lado de fora da sede no centro de Caracas.

"Aqui há apenas um destino: a vitória popular (...), façam o que façam, digam o que digam, não conseguiram e nunca serão capazes de nos derrotar", disse Maduro após ser nomeado candidato pelo PSUV na semana passada.

O prazo para inscrição de candidatos termina em algumas horas.

Oposição à Maduro

Do lado da oposição, Machado venceu as primárias da coalizão opositora Plataforma Unitária Democrática (PUD) em outubro do ano passado, mas uma inabilitação política por 15 anos a impede de concorrer. O governo a acusa de corrupção e de defender uma invasão externa, o que ela nega.

A líder da oposição venezuelana, María Corina Machado, e a filósofa e professora universitária Corina Yoris durante uma entrevista coletiva em Caracas, em 22 de março de 2024.

A solução foi nomear a filósofa e professora universitária Corina Yoris, de 80 anos, em seu lugar. Machado, entretanto, afirma que continuará "viajando pela Venezuela, levando força e esperança a todos os cantos do país" durante a campanha. 

Mas até domingo à noite, o PUD não conseguiu registrar a inscrição de Yoris. Tampouco o partido Un Nuevo Tiempo (UNT), do governador do estado produtor de petróleo Zulia, Manuel Rosales, que foi candidato presidencial em 2006.

Acesso bloqueado

O grande problema enfrentado pela oposição é o de não ter recebido os códigos para acessar a página do CNE e inserir a candidatura de seus candidatos. Tal impasse levou o PUD a enviar uma carta ao órgão no domingo para solicitar "uma prorrogação de três dias no prazo para designar candidatos".

Caso este partido consiga inscrever um candidato, o sistema emitirá um relatório para ser apresentado à CNE. O conselho de administração do órgão eleitoral então autoriza ou rejeita a candidatura, que também pode ser contestada por terceiros.

Desde quinta-feira (21), já se inscreveram nove candidatos que se apresentam como opositores, mas são considerados colaboradores do governo.

Outras 12 organizações da aliança de Maduro também o nomearam.

A lista final de candidatos só estará disponível no final de abril.

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