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Maduro é proclamado como presidente reeleito para governar até 2025

Após a vitória de Maduro com 6 milhões de votos, vários países anunciaram que não reconhecem o resultado das eleições na Venezuela

Maduro: apenas 46% dos eleitores participaram das eleições (Marco Bello/Reuters)
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EFE

Publicado em 22 de maio de 2018 às 15h03.

Caracas - O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela proclamou nesta terça-feira Nicolás Maduro como presidente reeleito nas eleições do último domingo, em um processo questionado pela oposição e tachado como fraudulento por vários governos.

A presidente do CNE, Tibisay Lucena, conduziu o ato de proclamação, adjudicação e entrega de credenciais ao líder chavista, que obteve 67,81% dos votos, contra 21% de seu rival mais próximo, o ex-governador Henri Falcón.

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Lucena detalhou que Maduro conseguiu 6.224.040 votos, 34.000 a mais que os anunciados no boletim divulgado ontem pelo Poder Eleitoral venezuelano, segundo o qual 9.132.655 venezuelanos participaram das eleições, 46,02% do censo eleitoral.

A funcionária não ofereceu mais detalhes sobre o avanço na totalização dos resultados eleitorais que, com quase 99% das urnas apuradas, mostravam Falcón em segundo lugar, com 1.917.036 votos, seguido pelo ex-pastor evangélico Javier Bertucci (988.761) e pelo engenheiro Reinaldo Quijada (36.246).

Falcón, um ex-chavista que se afastou da decisão da coalizão opositora ao inscrever sua candidatura, disse que não reconhece os resultados anunciados, uma posição também assumida pelo reitor eleitoral Luis Emilio Rondón, o único das cinco autoridades do CNE que é crítico com o chavismo.

A aliança de partidos Mesa da Unidade Democrática (MUD), contrária ao governo, não participou dos pleitos por considerá-los fraudulentos e estimulou a abstenção, que ficou em 53,98%, o índice mais alto das eleições presidenciais venezuelanas das últimas duas décadas.

A presidente do CNE desprezou hoje os questionamentos feitos por vários governos, entre eles o dos Estados Unidos, e garantiu que os venezuelanos farão respeitar os resultados eleitorais emitidos.

"Vimos com assombro governos e organismos multilaterais participar do assédio à soberania nacional, financiar campanhas em meios de comunicação e redes sociais para promover a abstenção e o linchamento de candidaturas, tudo com o objetivo de encurralar a democracia e a paz", destacou.

Lucena acrescentou que as denúncias expressadas até agora pela oposição local carecem de provas e não põem em dúvida a vontade expressada nas urnas e que dará o poder a Maduro para governar até 2025.

 

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