Maduro e Capriles intensificam batalha digital na Venezuela
Facebook, Twitter, YouTube e blogs são ferramenhtas amplamente utilizadas pelos dois lados da eleição venezuelana
Da Redação
Publicado em 30 de março de 2013 às 16h54.
A disputa pela Presidência da Venezuela é travada no Facebook, no Twitter, no YouTube e nos blogs dos dois candidatos, que intensificaram sua plataforma digital para as eleições de 14 de abril, diferenciando-se do falecido Hugo Chávez, que teve na televisão a sua arma principal.
A transmissão quase ao vivo do vídeo de uma canção, a reação a uma denúncia formulada em um blog, uma mensagem enviada pelo Twitter ou a fotografia de uma visita a um bairro humilde já são ferramentas de campanha para Nicolás Maduro, candidato governista à presidência, e para Henrique Capriles, candidato opositor.
"Como isto tudo se traduz em votos? É impossível saber, mas certamente tem seu efeito. Onde nós não podemos chegar chega um vídeo pelo YouTube ou uma foto pelo Facebook", explicaram à AFP membros do Comando Simón Bolívar, encarregado da campanha de Capriles.
O fato de a Venezuela ser um país viciado em redes sociais, grande consumidor de smartphones e, principalmente, ávido por informações políticas torna o país um campo fértil para esta estratégia.
"A intensidade da comunicação e da interação praticamente ao vivo com as pessoas é algo muito novo. Nicolás Maduro gosta de postar mensagens políticas e envia tuítes ao vivo", disse à AFP Temir Porras, coordenador internacional do comando de campanha de Maduro, favorito para as eleições de 14 de abril, de acordo com as pesquisas.
Maduro tem em seu nome um blog (nicolasmaduro.org.ve), uma página no Facebook, um canal no YouTube e uma conta no Twitter, que estreou em 17 de março e que atualmente conta com mais de 530.000 seguidores.
Seu adversário, Henrique Capriles, tem 2,5 milhões de seguidores em sua conta no Twitter, aberta em 2009 e administrada diretamente por ele. Uma equipe fica encarregada da gestão de outras ferramentas digitais: uma página oficial (venezuelasomostodos.com) e contas no Facebook, Youtube, Instagram, Soundcloud, Keek e Pinterest.
"Capriles quis, sobretudo, aproveitar esse espaço virtual para se comunicar com as pessoas e gerar informações. Estes instrumentos aproximam o candidato do povo. Por exemplo, antes de ele chegar a um lugar, já estamos recebendo denúncias cidadãs, informações ou simplesmente mensagens de apoio", explica a responsável pela plataforma digital do comando Simón Bolívar.
Por motivos de segurança, ela não quer dar seu nome. "Tentamos manter um perfil baixo. Estamos sendo alvo de ataques recentemente. Tentam 'hackear' o site a cada duas horas e piratear as contas no Twitter todos os dias. Felizmente, não conseguiram", explica.
A responsável pela campanha digital considera que a agressividade desta campanha rápida e inédita, iniciada após a morte de Hugo Chávez, em 5 de março, é vivida também nas plataformas digitais.
Hugo Chávez, que com 4,2 milhões de seguidores no Twitter se tornou o segundo presidente mais popular do mundo nesta rede social depois de seu homólogo americano Barack Obama, foi mais tradicionalista e comedido no uso das ferramentas digitais.
"Chávez usava as redes sociais, mas não para interagir com os cidadãos. Era uma utilização mais convencional, mais destinada a informar, quando as redes sociais facilitam justamente o intercâmbio. Em nossa opinião, Maduro segue o mesmo caminho", explicou a responsável pelo Comando Simón Bolívar.
Desde 2010 e até sua morte Chávez postou 1.824 tuítes para se comunicar com seus seguidores, anunciar medidas de governo ou dar notícias sobre seu estado de saúde ou de suas viagens a Cuba para se submeter a tratamentos. No entanto, sua grande arma para se aproximar dos venezolanos foi a televisão, em que mostrava sua força comunicativa e a cumplicidade com seus seguidores.
"O próprio Maduro administra sua conta no Twitter e responde diretamente a muitas mensagens, sejam elogios ou críticas. É uma interação próxima e acredito que tudo isso esteja dando ótimos resultados", acrescentou Temir Porras.
O site de campanha da oposição registra cerca de 170.000 visitas diárias. Segundo seus responsáveis há vídeos que foram visitados 50.000 vezes em menos de duas horas e a conta no Twitter de Capriles registrou 250.000 novos seguidores no dia em que anunciou sua candidatura para as eleições presidenciais de 14 de abril.
"Neste momento na Venezuela o que se vive nas ruas, a forma como as pessoas se organizam para apoiar um candidato em uma campanha, tem mais força do que a mobilização tradicional dos partidos políticos", concluiu a responsável pela plataforma digital de Capriles.
A disputa pela Presidência da Venezuela é travada no Facebook, no Twitter, no YouTube e nos blogs dos dois candidatos, que intensificaram sua plataforma digital para as eleições de 14 de abril, diferenciando-se do falecido Hugo Chávez, que teve na televisão a sua arma principal.
A transmissão quase ao vivo do vídeo de uma canção, a reação a uma denúncia formulada em um blog, uma mensagem enviada pelo Twitter ou a fotografia de uma visita a um bairro humilde já são ferramentas de campanha para Nicolás Maduro, candidato governista à presidência, e para Henrique Capriles, candidato opositor.
"Como isto tudo se traduz em votos? É impossível saber, mas certamente tem seu efeito. Onde nós não podemos chegar chega um vídeo pelo YouTube ou uma foto pelo Facebook", explicaram à AFP membros do Comando Simón Bolívar, encarregado da campanha de Capriles.
O fato de a Venezuela ser um país viciado em redes sociais, grande consumidor de smartphones e, principalmente, ávido por informações políticas torna o país um campo fértil para esta estratégia.
"A intensidade da comunicação e da interação praticamente ao vivo com as pessoas é algo muito novo. Nicolás Maduro gosta de postar mensagens políticas e envia tuítes ao vivo", disse à AFP Temir Porras, coordenador internacional do comando de campanha de Maduro, favorito para as eleições de 14 de abril, de acordo com as pesquisas.
Maduro tem em seu nome um blog (nicolasmaduro.org.ve), uma página no Facebook, um canal no YouTube e uma conta no Twitter, que estreou em 17 de março e que atualmente conta com mais de 530.000 seguidores.
Seu adversário, Henrique Capriles, tem 2,5 milhões de seguidores em sua conta no Twitter, aberta em 2009 e administrada diretamente por ele. Uma equipe fica encarregada da gestão de outras ferramentas digitais: uma página oficial (venezuelasomostodos.com) e contas no Facebook, Youtube, Instagram, Soundcloud, Keek e Pinterest.
"Capriles quis, sobretudo, aproveitar esse espaço virtual para se comunicar com as pessoas e gerar informações. Estes instrumentos aproximam o candidato do povo. Por exemplo, antes de ele chegar a um lugar, já estamos recebendo denúncias cidadãs, informações ou simplesmente mensagens de apoio", explica a responsável pela plataforma digital do comando Simón Bolívar.
Por motivos de segurança, ela não quer dar seu nome. "Tentamos manter um perfil baixo. Estamos sendo alvo de ataques recentemente. Tentam 'hackear' o site a cada duas horas e piratear as contas no Twitter todos os dias. Felizmente, não conseguiram", explica.
A responsável pela campanha digital considera que a agressividade desta campanha rápida e inédita, iniciada após a morte de Hugo Chávez, em 5 de março, é vivida também nas plataformas digitais.
Hugo Chávez, que com 4,2 milhões de seguidores no Twitter se tornou o segundo presidente mais popular do mundo nesta rede social depois de seu homólogo americano Barack Obama, foi mais tradicionalista e comedido no uso das ferramentas digitais.
"Chávez usava as redes sociais, mas não para interagir com os cidadãos. Era uma utilização mais convencional, mais destinada a informar, quando as redes sociais facilitam justamente o intercâmbio. Em nossa opinião, Maduro segue o mesmo caminho", explicou a responsável pelo Comando Simón Bolívar.
Desde 2010 e até sua morte Chávez postou 1.824 tuítes para se comunicar com seus seguidores, anunciar medidas de governo ou dar notícias sobre seu estado de saúde ou de suas viagens a Cuba para se submeter a tratamentos. No entanto, sua grande arma para se aproximar dos venezolanos foi a televisão, em que mostrava sua força comunicativa e a cumplicidade com seus seguidores.
"O próprio Maduro administra sua conta no Twitter e responde diretamente a muitas mensagens, sejam elogios ou críticas. É uma interação próxima e acredito que tudo isso esteja dando ótimos resultados", acrescentou Temir Porras.
O site de campanha da oposição registra cerca de 170.000 visitas diárias. Segundo seus responsáveis há vídeos que foram visitados 50.000 vezes em menos de duas horas e a conta no Twitter de Capriles registrou 250.000 novos seguidores no dia em que anunciou sua candidatura para as eleições presidenciais de 14 de abril.
"Neste momento na Venezuela o que se vive nas ruas, a forma como as pessoas se organizam para apoiar um candidato em uma campanha, tem mais força do que a mobilização tradicional dos partidos políticos", concluiu a responsável pela plataforma digital de Capriles.