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Maduro critica soluções capitalistas a problemas climáticos

O presidente venezuelano criticou a falta de vontade dos países ricos para lutar contra mudanças climáticas e questionou soluções capitalistas propostas

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, discursa na Cúpula do Clima da ONU (Mike Segar/Reuters)

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, discursa na Cúpula do Clima da ONU (Mike Segar/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 23 de setembro de 2014 às 14h16.

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, criticou nesta terça-feira na ONU a falta de vontade dos países ricos para lutar contra as mudanças climáticas e questionou "as soluções capitalistas" propostas por eles para resolver o problema.

"Vemos com estupor como os principais responsáveis pela mudança climática e de suas terríveis consequências carecem da mais mínima vontade política para deter e reverter um mal de dimensões planetárias", afirmou Maduro em seu discurso na Cúpula do Clima das Nações Unidas.

O presidente venezuelano lamentou que os países ricos continuem "propondo soluções capitalistas, com o velho modelo de destruição, para responder aos gravíssimos problemas que criaram nos últimos 100 anos".

"Alguém pode crer (...) que as corporações transnacionais podem se transformar, de um dia para o outro, em protagonistas da salvação do planeta?", perguntou Maduro.

"Desde a nossa América, levantamos nosso protesto e indignação contra esses modelos que agora tratam de chamar de economia verde", ressaltou.

Maduro afirmou que as propostas dos países industrializados atentam contra o progresso das nações em desenvolvimento e "querem disfarçar as mesmas fórmulas capitalistas tomando as bandeiras dos movimentos ecologistas".

Por isso, defendeu que a mudança climática, que definiu como "a principal ameaça de sobrevivência humana para este século", é uma consequência fundalmental da "crise de um modelo civilizatório capitalista".

O presidente venezuelano citou em seu discurso o americano George H. Bush para ilustrar a reticência de Washington e outras capitais a mudar de modelo.

"Infelizmente ainda não vemos a luz no final do túnel. A crise ambiental que hoje padecemos está definida por uma realidade alarmante. Enquanto isso, todos os fatores que incidem na destruição do planeta avançam aceleradamente e seguem sem tomar as medidas inadiáveis e necessárias de controle ambiental", destacou.

Maduro disse que "a natureza vem nos dando sinais claros do estado de gravidade, mas os poderosos do mundo não fazem outra coisa a não ser agredí-la sistematicamente".

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