Nicolás Maduro: o presidente venezuelano acrescentou que o direito à "livre manifestação" está "totalmente garantido" (Marco Bello/Reuters)
EFE
Publicado em 19 de abril de 2017 às 08h28.
Caracas - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou nesta terça-feira que decidiu ativar o chamado "Plano Zamora", que foi apresentado pela Força Armada Nacional Bolivariana (FANB) para manter a ordem interna contra as supostas ameaças de golpe de Estado "convocadas por "Washington".
"Diante deste cenário, decidi ativar o plano estratégico especial cívico militar para garantir o funcionamento de nosso país, sua segurança, a ordem interna e a integração social", disse Maduro.
O mandatário fez o anúncio do palácio presidencial de Miraflores, acompanhado por seu gabinete executivo e membros da FANB e observou que ativará a "fase verde" do plano com "toda estrutura militar, policial e civil do Estado venezuelano", em defesa da ordem interna contra o suposto plano golpista.
"O Plano Zamora em sua primeira fase verde em defesa da ordem interno, em defesa da paz e para derrotar o golpe de Estado que foi chamado a partir de Washington", disse Maduro, apontando que a suposta conspiração para um golpe de Estado é "destacado" pelo presidente do Parlamento, Julio Borges.
Ele afirmou que ativou este plano, pois vários órgãos de segurança estiveram "desmantelando vários grupos" que faziam parte dessa organização golpista.
"No início da tarde capturamos um dos líderes do complô militar que estamos desmantelando há três semanas. Ele já se encontra preso e, além disso, está sendo processado na jurisdição militar, responsável por os golpistas civis e militares", disse.
O presidente venezuelano acrescentou que o direito à "livre manifestação" está "totalmente garantido", assim como "todos os direitos têm regras" e necessitam de permissões e que o dia 19 de abril, feriado na Venezuela em comemoração ao primeiro ato da independência do país, é "uma data de patriotas e revolucionários".
Por isso, segundo Maduro, a oposição pode fazer sua manifestação no leste da capital, enquanto os "revolucionários" no oeste, na "Caracas histórica".