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Macron diz que Europa não pode entregar sua segurança aos EUA

Macron disse a segurança da UE nunca cresceu tão rápido, em um momento em que os extremismos e os nacionalismos aumentaram na Europa

Macron e Trump: Não creio que a China e os EUA acreditem que a Europa seja uma potência com autonomia estratégica, disse Macron (Tatyana Zenkovich/Reuters)
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EFE

Publicado em 27 de agosto de 2018 às 10h42.

Última atualização em 27 de agosto de 2018 às 10h43.

Paris - O presidente da França, Emmanuel Macron, pediu nesta segunda-feira à União Europeia (UE) que "não deixe sua segurança apenas nas mãos dos Estados Unidos " e assuma sua responsabilidade em defesa para garantir sua soberania de forma autônoma.

Em discurso no Palácio do Eliseu para apresentar suas diretrizes de política externa aos embaixadores franceses, Macron considerou que "a Europa nunca tinha avançado tão rápido em matéria de defesa" e anunciou que, "nos próximos meses", proporá um projeto para "fortalecer a solidariedade em matéria de segurança na UE".

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"Não creio que hoje a China e os Estados Unidos acreditem que a Europa seja uma potência com autonomia estratégica", disse Macron, que viu na "soberania europeia" a única forma na qual a União Europeia pode sobreviver.

Esse modelo será o que confrontará o "unilateralismo" nas próximas eleições europeias, que Macron considerou fundamentais.

Ao mesmo tempo, o presidente francês pediu que a reflexão para "reordenar a arquitetura de defesa europeia" inclua não só os países-membros da UE, mas também a Rússia.

O chefe de Estado da França alertou que "os extremismos e os nacionalismos acordaram na Europa", por isso "é preciso redobrar os esforços" para combatê-los.

Macron acredita que haverá um acordo com o Reino Unido para sua saída da UE, antes do fim do ano e apostou por manter uma "relação forte" com os britânicos, "mas não ao preço da dissolução da UE".

O presidente francês pediu que a Europa construa uma "associação estratégica" com a Rússia e com a Turquia, mas ao mesmo tempo descartou uma eventual integração com Ancara, já que, na sua opinião, o presidente Recep Tayyip Erdogan defende um "projeto pan-islâmico" que não condiz com os princípios da Comunidade Europeia.

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