O presidente francês, Emmanuel Macron, emendou, na segunda-feira, 2, reuniões para tentar nomear um novo primeiro-ministro na França, sem descartar uma personalidade independente dos partidos, para acabar com quase dois meses de bloqueio político.
Macron iniciou conversas no Palácio do Eliseu, sede da Presidência, com o ex-primeiro-ministro socialista Bernard Cazeneuve (2016-2017), cujo nome foi amplamente mencionado durante o fim de semana, para retomar as rédeas do governo.
O presidente de centro-direita também se reuniu com os seus antecessores: o socialista e atual deputado François Hollande e o conservador Nicolas Sarkozy.
Quem são os nomes cogitados
Em uma entrevista ao jornal Le Figaro, Sarkozy pediu na sexta-feira a Macron que nomeasse um primeiro-ministro de direita e expressou seu apoio ao presidente regional Xavier Bertrand, que também deverá se reunir com o presidente.
Bertrand, de 59 anos, é membro do partido de oposição de direita Os Republicanos (LR) e presidente de uma região do norte da França. O político não escondeu o interesse pelo cargo.
"A ideia geral é ver se as hipóteses de Cazeneuve e Bertrand são viáveis do ponto de vista do critério de estabilidade", disse uma fonte próxima ao presidente, que acrescentou que poderia haver outros nomes.
Na segunda-feira, também circulou o nome do presidente do órgão consultivo do Conselho Econômico, Social e Ambiental (Cese), Thierry Beaudet, cujo perfil é menos político.
Macron também recebeu o centrista François Bayrou e o primeiro-ministro em fim de mandato, Gabriel Attal.
O presidente francês iniciou em 23 de agosto as consultas para nomear um primeiro-ministro e estabeleceu como critério que seja alguém que não caia rapidamente em uma moção de censura em uma Assembleia Nacional (Câmara baixa) dividida.
Eleições antecipadas
As eleições legislativas antecipadas, que Macron convocou em junho três anos antes do previsto, deixaram uma Assembleia com três blocos distantes da maioria absoluta: esquerda, centro-direita e extrema direita.
A coalizão de esquerda Nova Frente Popular (NPF), a primeira força nas eleições, solicitou a nomeação da economista Lucie Castets, mas o presidente rejeitou, alegando que ela seria rapidamente censurada.
Um eventual governo de Cazeneuve também não tem estabilidade garantida, devido à recusa de integrantes de seu partido a apoiá-lo, o que o deixaria à mercê da abstenção da extrema direita.
Bertrand enfrenta a rejeição do LR, ao qual retornou em 2021, por aliar-se ao governo.
O tempo se esgota. O futuro governo deve apresentar os orçamentos para 2025 ao Parlamento antes de 1º de outubro e Macron não pode dissolver novamente a Assembleia até julho do ano que vem.
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De acordo com os primeiros números, o vencedor do pleito foi a aliança Nova Frente Popular (NFP), formada pelos quatro maiores partidos da esquerda francesa, seguida da coalizão de centro-direita
(De acordo com os primeiros números, o vencedor do pleito foi a aliança Nova Frente Popular (NFP), formada pelos quatro maiores partidos da esquerda francesa, seguida da coalizão de centro-direita)
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Apoiadores da aliança Nova Frente Popular (NFP) comemoram números iniciais que indicam a vitória da esquerda nas eleições
(Apoiadores da aliança Nova Frente Popular (NFP) comemoram números iniciais que indicam a vitória da esquerda nas eleições)
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Segundo turno das eleições legislativas ficou marcado por um recorde de participação, sendo o maior índice desde 1981
(Segundo turno das eleições legislativas ficou marcado por um recorde de participação, sendo o maior índice desde 1981)
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As primeiras projeções mostram que uma ampla coalizão de esquerda estava liderando uma apertada eleição legislativa francesa, à frente tanto dos centristas do Presidente quanto da extrema direita, sem que nenhum grupo tivesse conquistado a maioria absoluta
(As primeiras projeções mostram que uma ampla coalizão de esquerda estava liderando uma apertada eleição legislativa francesa, à frente tanto dos centristas do Presidente quanto da extrema direita, sem que nenhum grupo tivesse conquistado a maioria absoluta)
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Manifestantes em Nantes levantavam placas contrárias às propostas da extrema-direita
(Manifestantes em Nantes levantavam placas contrárias às propostas da extrema-direita)
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Em Nantes, manifestante levanta a placa: Racismo não é opinião, é ofensa
(Em Nantes, manifestante levanta a placa: Racismo não é opinião, é ofensa)
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7/10
Participantes reagem enquanto ouvem o anúncio dos resultados projetados do segundo turno das decisivas eleições legislativas da França durante um comício em Nantes, oeste da França
(Participantes reagem enquanto ouvem o anúncio dos resultados projetados do segundo turno das decisivas eleições legislativas da França durante um comício em Nantes, oeste da França)
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A estimativa da IFOP para a emissora TF1 é de que a Nova Frente Popular poderia ganhar 180-215 assentos no parlamento no segundo turno de votação, enquanto uma pesquisa Ipsos para a France TV projetou 172-215 assentos para o bloco de esquerda
(A estimativa da IFOP para a emissora TF1 é de que a Nova Frente Popular poderia ganhar 180-215 assentos no parlamento no segundo turno de votação, enquanto uma pesquisa Ipsos para a France TV projetou 172-215 assentos para o bloco de esquerda)
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Um homem entra em uma cabine de votação para votar no segundo turno das eleições legislativas da França em um local de votação em Le Touquet, norte da França, em 7 de julho de 2024. A França vota nas eleições legislativas em 7 de julho de 2024, que serão decisivas para determinar seu futuro político e podem ver a extrema direita se tornar o maior partido no parlamento pela primeira vez
(Um homem entra em uma cabine de votação para votar no segundo turno das eleições legislativas da França em um local de votação em Le Touquet, norte da França, em 7 de julho de 2024. A França vota nas eleições legislativas em 7 de julho de 2024, que serão decisivas para determinar seu futuro político e podem ver a extrema direita se tornar o maior partido no parlamento pela primeira vez. (Foto de MOHAMMED BADRA / POOL / AFP))
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O presidente da França, Emmanuel Macron (à direita), acompanhado por sua esposa Brigitte Macron (no centro), deposita seu voto no segundo turno das eleições legislativas da França em um local de votação em Le Touquet, norte da França, em 7 de julho de 2024
(O presidente da França, Emmanuel Macron (à direita), acompanhado por sua esposa Brigitte Macron (no centro), deposita seu voto no segundo turno das eleições legislativas da França em um local de votação em Le Touquet, norte da França, em 7 de julho de 2024)