Mundo

Macri afirma que Carta Democrática não vai aliviar Venezuela

"O que é preciso aí é encarar um processo que leve a um novo processo eleitoral", disse


	O presidente da Argentina, Mauricio Macri
 (Marcos Brindicci/Reuters)

O presidente da Argentina, Mauricio Macri (Marcos Brindicci/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 5 de junho de 2016 às 16h08.

Buenos Aires -- O presidente da Argentina, Mauricio Macri, assegurou que ainda mantém uma atitude muito crítica com a situação na Venezuela, mas ressaltou que a invocação da Carta Democrática da Organização dos Estados Americanos (OEA) "não vai destravar o conflito".

"Eu fui muito crítico, e talvez tenha sido o primeiro a dizer com clareza que o que acontecia na Venezuela era inaceitável e sigo pensando assim", disse Macri em entrevista publicada neste domingo.

O presidente argentino acrescentou que espera encontrar uma via que destrave a situação. "O que é preciso aí é encarar um processo que leve a um novo processo eleitoral. Há muita gente que está passando dificuldade. Na Venezuela quase já não resta direito humano respeitado na vida diária".

A entrevista publicada hoje pelo portal "Infobae" foi realizada na sexta-feira passada, antes que Macri tivesse que ser submetido a exames médicos neste sábado após sofrer uma leve arritmia.

Nela, Macri respondeu aos líderes da oposição venezuelana que expressaram desgosto pela posição da Argentina perante a OEA, que lidera uma via conciliadora alternativa ao processo de aplicação da Carta Democrática ativada pelo secretário- geral do organismo, Luis Almagro.

"Continua sendo uma opção, mas não vai destravar o conflito", destacou o presidente argentino, antes de negar que sua posição tenha se suavizado nos últimos meses e os rumores que atribuem a suposta mudança à tentativa da chanceler argentina, Susana Malcorra, de liderar a Organização das Nações Unidas.

"Esta é uma opção que buscamos estipulada nos principais países da OEA que não tem nada a ver com a candidatura que propusemos como país para Malcorra na Secretaria-Geral das Nações Unidas. Estamos buscando que oposição e governo se sentem em uma mesma mesa e convoquem a eleições de forma antecipada", salientou.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaArgentinaMauricio MacriVenezuela

Mais de Mundo

Exército sudanês recupera cidade-chave controlada por paramilitares

Extrema direita alemã expõe seus planos radicais às vésperas das eleições

Procurador responsável por investigações contra Trump renuncia

México vai enviar reforços aos EUA para combate incêndios em Los Angeles