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"Machismo Trumpiano" domina debate sobre Brexit, diz candidato

"Você tem homens que batem no peito dizendo que poderiam fazer o que May não conseguiu", disse Sam Gyimah, "isso é irrealista"

Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e Theresa May, ex-primeira ministra do Reino Unido (Chris Jackson/Pool/Reuters)

Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e Theresa May, ex-primeira ministra do Reino Unido (Chris Jackson/Pool/Reuters)

Gabriela Ruic

Gabriela Ruic

Publicado em 9 de junho de 2019 às 06h00.

Última atualização em 9 de junho de 2019 às 06h00.

Sam Gyimah, candidato à liderança do Partido Conservador no Reino Unido, acusou rivais de "machismo Trumpiano", por acreditarem que serão capazes de negociar um acordo para o Brexit melhor do que o de Theresa May simplesmente por serem homens.

Gyimah, de 42 anos, faz parte de uma plataforma que defende a realização de um segundo referendo sobre a saída da União Europeia. Em entrevista, Gyimah disse que decidiu entrar na corrida porque "embora haja uma ampla gama de candidatos, os pontos de vista são muito estreitos".

No grupo de 10 candidatos, dois - Andrea Leadsom e Esther McVey - propõem deixar a União Europeia sem acordo em 31 de outubro. Outro candidato, Rory Stewart, está dizendo ao grupo que terão que aceitar o acordo de May, e outros sete afirmam que podem conseguir concessões da UE, geralmente ameaçando sair sem acordo.

"Você tem homens que batem no peito dizendo que poderiam fazer o que Theresa May não conseguiu", disse Gyimah. "Estão dizendo que poderiam ir lá e renegociar ao estilo Trump e conseguir um acordo melhor."

Para Gyimah, a estratégia é irrealista. “Estamos onde estamos não por falta de tentativa. O governo britânico passou os últimos dois anos e meio negociando com a UE. A maioria desses candidatos que dizem que vão conseguir um acordo melhor estavam no governo durante esse tempo. Aprovaram ou estiveram envolvidos em todas as etapas da negociação do Brexit. Então é difícil acreditar que agora possam fazer o que não conseguiram trabalhando com Theresa May.”

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