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M5S inicia diálogo com o PD para tentar formar governo na Itália

Candidato a primeiro-ministro Luigi Dei Maio disse que, se tentativa de formar governo fracassar, seu partido se mostrará a favor de repetir as eleições

Dei Maio: candidato do M5S confirmou que fecha a porta a qualquer negociação com a ultradireitista Liga Norte, de Matteo Salvini (Giuseppe Cacace/Getty Images)

Dei Maio: candidato do M5S confirmou que fecha a porta a qualquer negociação com a ultradireitista Liga Norte, de Matteo Salvini (Giuseppe Cacace/Getty Images)

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EFE

Publicado em 24 de abril de 2018 às 17h30.

O candidato a primeiro-ministro da Itália pelo Movimento Cinco Estrelas (M5S), Luigi Dei Maio, afirmou nesta terça-feira que sua formação está disposta a dialogar com o Partido Democrata (PD) sobre questões comuns com o objetivo de tentar formar um governo no país.

"Peço ao PD que nos reunamos não para assinar um contrato de Governo, mas primeiro para verificar se há as condições necessárias para assinar este contrato", disse Dei Maio em um comparecimento perante os veículos de imprensa.

Dei Maio disse que o M5S transmitiu hoje ao presidente da Câmara dos Deputados, Roberto Fico, que recebeu do chefe da República italiana, Sergio Mattarella, o "mandato exploratório" de tentar formar um Executivo com o M5S e o PD.

Fico primeiro se reuniu com expoentes do PD e depois manteve um encontro com membros do M5S.

Dei Maio confirmou que fecha a porta a qualquer negociação com a ultradireitista Liga Norte, de Matteo Salvini, depois que esta não rompeu a aliança com os seus parceiros coligados, Forza Itália e Irmãos da Itália, como exigia o M5S.

"Tentamos de diversas formas assinar um contrato de Governo com a Liga, (...) mas Salvini e a Liga decidiram respeitar seus aliados ao invés de estar em um Governo para ajudar os italianos", disse Dei Maio.

"Tal isto, para mim qualquer discurso com a Liga termina aqui", acrescentou.

Além disso, se referiu às palavras do secretário temporário do PD, Maurizio Martina, que momentos antes disse que a direção avaliará a possibilidade de dialogar com o M5S.

"As palavras do secretário Martina vão na direção de uma abertura", considerou Dei Maio, antes de enfatizar que as duas forças políticas mantêm ainda "profundas diferenças".

O candidato a primeiro-ministro pelo M5S disse que "qualquer hipótese de Governo deverá ser votada pelos inscritos" do partido e acrescentou que "se esta tentativa de formar Governo fracassar", o M5S se mostrará a favor de "repetir as eleições".

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