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John McCain decide interromper tratamento contra câncer no cérebro

Família está reunida no Arizona ao lado do senador, que está no sexto mandato e passou 5 anos como prisioneiro de guerra no Vietnã

Senador americano, John McCain (Alex Wong/Getty Images)
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EFE

Publicado em 24 de agosto de 2018 às 12h17.

Última atualização em 24 de agosto de 2018 às 15h31.

Washington - O senador e ex-candidato à presidência dos Estados Unidos John McCain decidiu suspender o tratamento contra um câncer no cérebro que o afastou da política nos últimos meses.

"Com a sua força de vontade habitual, agora optou por interromper o tratamento médico", afirmou a família de McCain nesta sexta-feira em comunicado.

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Os familiares explicaram que McCain "superou as expectativas de sobrevivência no último ano, mas que o progresso da doença e o avanço inexorável da sua idade dão seu veredicto".

A família agradeceu "imensamente" o apoio e a amabilidade dos enfermeiros e médicos que tem cuidado dele, e o afeto de "muitos amigos e parceiros".

Por sua vez, a esposa do senador, Cindy McCain, lhe dedicou também algumas palavras na sua conta do Twitter: "Amo meu marido com todo o meu coração. Deus abençoe a todos que cuidaram e têm se preocupado com meu marido durante este processo".

Em entrevista à emissora "CBS", McCain afirmou há quase um ano que o câncer cerebral que sofre é "muito, muito grave" e que os médicos lhe disseram então que a previsão era "muito ruim".

Apesar dos esforços médicos do último ano, parece que a saúde do senador, rival do ex-presidente Barack Obama nas eleições de 2008, não melhora, por isso que seu círculo mais próximo está se preparando agora para sua possível morte.

O político, de 81 anos, foi diagnosticado com um tipo agressivo de câncer no ano passado e recebeu tratamento em seu estado de origem, o Arizona. Apesar da doença, o senador continuou durante meses a trabalhar com a ajuda de sua equipe em Washington.

Ao longo de seu carreira militar, McCain combateu na guerra do Vietnã, onde foi feito prisioneiro durante cinco anos e sofreu torturas.

Em maio passado, o jornal "The New York Times" publicou que o histórico congressista instruiu as pessoas mais próximas para que o presidente dos EUA, Donald Trump, não vá a seu funeral e que, em vez dele, o faça o vice-presidente, Mike Pence.

Desde sua chegada à Casa Branca, a relação de McCain com Trump foi muito tensa, já que o influente senador não vê com bons olhos muitas das políticas do presidente nem sua maneira de lidar com as relações exteriores.

Um dos episódios mais tensos entre ambos aconteceu com a tentativa de derrogação da reforma da saúde impulsionada por Obama, quando McCain votou contra os esforços republicanos, promovidos por Trump, para acabar com ela sem nenhum tipo de substituição.

 

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