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Lula chama Dilma de heroína em comício

Lula subiu o tom dos ataques e afirmou que "São Paulo não pode ficar na mão de tucano a vida inteira"

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h47.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez duras críticas aos governos tucanos durante comício hoje em Ribeirão Preto (SP) e centralizou seus ataques aos processos de privatização paulista e federal. Lula defendeu a candidatura de Dilma Rousseff (PT) como sua sucessora e a chamou de "heroína".

Cerca de 8 mil pessoas, segundo a Polícia Militar, acompanharam o evento na esplanada do Theatro Pedro 2º, região central da cidade paulista.

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Sem citar o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e nem os governadores do PSDB, há 16 anos à frente do governo de São Paulo, Lula disse que "eles demonstram que não têm competência para governar, porque a única coisa que aprenderam a fazer foi vender o que não era deles; bem público, estradas, ferrovias". E emendou: "quando eu entrei, em 2003, eles queriam vender a Petrobras, o Banco do Brasil e a Caixa".

Ao lado do candidato ao governo de São Paulo pelo PT, Aloizio Mercadante (PT), Lula subiu o tom dos ataques e afirmou que "São Paulo não pode ficar na mão de tucano a vida inteira. O Século 21 merece coisa melhor, merece mais arrojo, por isso a gente não tem que vacilar". Tanto o principal adversário de Mercadante, Geraldo Alckmin, quanto o de Dilma, José Serra, são tucanos e ex-governadores de São Paulo.

Lula lembrou ainda que durante o seu governo o Brasil deixou de ser devedor e passou a ser credor do Fundo Monetário Internacional (FMI). Nem assim poupou os tucanos. "Essa gente que era metida a sabida ficava de quatro para o FMI e quem mandou o FMI embora fomos nós; hoje eles (FMI) nos devem US$ 14 bilhões".

Para justificar o apoio a Dilma, Lula lembrou do período em que a candidata foi presa e torturada na época da ditadura militar. "Sei o que aquela mulher sofreu, porque foi presa, torturada. Não porque ela era bandida, ela era uma heroína que lutava pela democracia e liberdade", afirmou.

Dirigindo-se ao público, Lula defendeu ainda a candidatura de Marta Suplicy (PT) e Netinho de Paula (PCdoB) ao Senado por São Paulo e lembrou da oposição que enfrentou no parlamento durante seu governo. "Não podemos deixar a Dilma na mão de senadores como eu fiquei", afirmou.

Lula seguiu ainda o discurso de Mercadante e atacou, com ironia, o custo dos pedágios em São Paulo, cujas rodovias foram privatizadas durante os governos do PSDB. "Eles têm de explicar como pode pedágio custar R$ 46 daqui a São Paulo e de São Paulo a Belo Horizonte (cujas rodovias são federais) R$ 7,70. Daqui a pouco o motorista vai ter de pagar o ar que respira.

Além de Lula, a grande estrela do comício foi Gabriel, neto de Dilma nascido hoje em Porto Alegre (RS), que impediu a ida da candidata à Presidência ao comício. Todos os que discursaram citaram o nome do garoto, que foi tratado como novo cabo eleitoral da candidata e ela mesma foi rebatizada de avó do PAC e não mais mãe do PAC.

"Gabriel é nome de anjo que anuncia boas novas. Tenho a impressão que Gabriel veio para anunciar a vitória de Dilma Rousseff", apostou o deputado federal Michel Temer (PMDB), candidato a vice de Dilma.

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