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Lula apresenta Dilma como ´presidenta` a metalúrgicos

Lula chamou Dilma de presidenta e disse que, embora as pesquisas sejam favoráveis, não dá para ganhar a eleição apenas com elas

O presidente Lula e a candidata do PT, Dilma Rousseff (.)

O presidente Lula e a candidata do PT, Dilma Rousseff (.)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h47.

São Paulo - Numa "assembleia especial" que reuniu cerca de 6 mil trabalhadores na porta da fábrica da Mercedes-Benz, em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva "apresentou" no início da manhã de hoje a ex-chefe da Casa Civil Dilma Rousseff como candidata do PT e dele a presidente.

Lula chamou Dilma de "presidenta" e disse que, embora as pesquisas sejam favoráveis, não dá para ganhar a eleição apenas com elas. "Quanto mais as pesquisas ficam favoráveis, mais a gente tem de assumir responsabilidade", disse ele, às 6 horas.

Acompanhado dos candidatos a governador de São Paulo Aloizio Mercadante (PT) e a senador Marta Suplicy (PT-SP), Lula destacou a "importância" de trazer a candidata do PT a presidente para a porta de uma fábrica, onde a história política dele começou. "Era importante Dilma pegar energia aqui, na porta de uma fábrica, onde tudo começou."

Além de Mercadante e Marta, estavam o deputados Antonio Palocci (PT-SP) e José Eduardo Martins Cardozo (PT-SP), coordenadores da campanha da candidata do PT, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) e antigos colegas do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.

Depois do breve comício, o presidente desceu do caminhão de som, acompanhado de Dilma e dos candidatos do PT a governador e a senador por São Paulo, para cumprimentar os operários na entrada da unidade. "Não é sempre que um trabalhador pode pegar na mão de uma mulher presidente da República", justificou.

Durante o discurso, o presidente lembrou dos tempos de sindicato e dos principais companheiros que acompanharam a trajetória dele. "Aqui, passamos um pouco de tudo", disse a Dilma. Lula propôs-se ainda a panfletar diante da fábrica. "Como vou perder o emprego em 1º de janeiro, nada como aprender a entregar panfleto outra vez", brincou.

A última vez que o petista visitou a empresa foi em 2006, nos 50 anos da fábrica, menos de um mês após a reeleição ao cargo. O retorno ao chão de fábrica faz parte dos esforços de Lula em eleger em primeiro turno a candidata. Desde a sexta-feira, esse é o terceiro evento na Grande São Paulo no qual o chefe do Executivo pede votos para Dilma.

O maior colégio eleitoral do País é administrado há 16 anos pelo PSDB e um dos poucos Estados em que o candidato a presidente José Serra (PSDB) está à frente da candidata petista nos levantamentos de intenção de voto. "Se Deus está conosco, quem está contra a gente?", perguntou Lula.

Em visita em junho à fábrica da Volkswagen, também em São Bernardo do Campo, o presidente havia informado que voltaria ao ABC durante a campanha. Na época, Lula disse aos funcionários da montadora que não estranhassem caso ele subisse em palanques às 6 horas.

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