Mundo

Londres convoca embaixador sírio por massacre "diabólico"

O diretor político do Ministério das Relações Exteriores, Geoffrey Adams, também ameaçou, durante a reunião, o diplomata sírio com "mais ações rápidas e fortes"

Imagem divulgada pela agência de notícias da oposição síria de diversos corpos de vítimas do massacre em Houla (©AFP / Ho)

Imagem divulgada pela agência de notícias da oposição síria de diversos corpos de vítimas do massacre em Houla (©AFP / Ho)

DR

Da Redação

Publicado em 28 de maio de 2012 às 16h30.

Londres - O embaixador sírio em Londres foi convocado nesta segunda-feira ao ministério britânico de Relações Exteriores, que condenou o "repulsivo e diabólico" massacre que matou 108 pessoas na sexta-feira em Houla.

O diretor político do Ministério das Relações Exteriores, Geoffrey Adams, também ameaçou, durante a reunião, o diplomata sírio com "mais ações rápidas e fortes" se o regime de Bashar al-Assad não implantar o plano de paz do emissário das Nações Unidas e da Liga Árabe, Kofi Annan.

Adams afirmou ainda que a chacina deveria ser alvo de uma investigação internacional para que os responsáveis sejam identificados e possam prestar contas à justiça.

"A menos que o regime sírio suspenda todas as operações militares imediatamente e implemente os seis pontos do plano de Kofi Annan, a comunidade internacional adotará mais ações rápidas e fortes em resposta", acrescenta.

Ele reiterou "que a responsabilidade de por fim à violência recai diretamente sobre Asad e sobre aqueles que o cercam", e garantiu que "o crescente conflito e o agravamento da violência sectária são produto da brutal resposta do regime à dissidência".

A reunião foi realizada depois de o primeiro-ministro britânico, David Cameron, e o presidente francês, François Hollande, firmarem o compromisso de "atuar juntos para aumentar a pressão" sobre Assad, segundo um comunicado divulgado nesta segunda-feira pela presidência francesa.

O Conselho de Segurança da ONU condenou severamente no domingo o regime de Assad pelo massacre, que deixou 108 mortos, incluindo 34 crianças, e Annan chegou na segunda-feira a Damasco, onde se reunirá na terça com o presidente sírio.

Acompanhe tudo sobre:DitaduraEuropaONUPaíses ricosPrimavera árabeReino UnidoSíria

Mais de Mundo

Maduro propõe reforma constitucional para reforçar controle político na Venezuela

Atropelamento em feira de Natal na Alemanha mata uma pessoa e caso é investigado como terrorismo

Portugal aprova lei que facilita pedido de residência para brasileiros

Musk endossa extrema-direta alemã a dois meses da eleição