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Londres confirma 6 mortos e 22 resgatados na Argélia

O ministro das Relações Exteriores britânico, William Hague, afirmou que 22 britânicos sobreviveram à ação terrorista de um grupo islâmico em uma planta de gás na Argélia

Reféns são vistos nas instalações de gás In Amenas antes do fim dramático do cerco realizado por militantes islâmicos na Argélia (REUTERS / Ennahar TV)
DR

Da Redação

Publicado em 20 de janeiro de 2013 às 10h33.

Londres - O governo do Reino Unido informou neste domingo que seis cidadãos do país morreram ou estão desaparecidos, e que outros 22 reféns dessa nacionalidade sobreviveram ao sequestro em um campo de gás na Argélia.

O ministro das Relações Exteriores britânico, William Hague, disse hoje que 22 britânicos sobreviveram à ação terrorista de um grupo islâmico, que começou na quarta-feira e terminou ontem, e já retornaram ou estão voltando ao Reino Unido em aviões fretados pelo governo ou pela BP, uma das empresas operadoras do complexo.

Mais cedo, o primeiro-ministro, David Cameron, informou que três cidadãos britânicos morreram e outros três estão desaparecidos, apesar de as autoridades do país acreditarem que também faleceram, da mesma forma que um morador do Reino Unido cuja nacionalidade não foi divulgada.

Em entrevista à "BBC", o premiê evitou criticar as operações de resgate feitas pelas forças armadas argelinas, iniciadas um dia depois do atentado e durante as quais houve baixas entre os reféns.

A última ofensiva, realizada ontem, foi encerrada com saldo de pelo menos sete reféns e 11 terroristas mortos.

"As pessoas farão perguntas sobre a resposta argelina a estes fatos, mas eu gostaria de deixar claro que a responsabilidade por essas mortes recai unicamente sobre os terroristas", declarou.


Ontem, ao término da ação das forças especiais contra os sequestradores, um comunicado oficial do Ministério do Interior argelino informou que 23 civis tinham morrido e 32 terroristas haviam sido abatidos.

Em um programa da rede "BBC", Hague disse hoje que as autoridades argelinas sempre pensaram que a vida dos reféns estava em risco e que os terroristas pensavam explodir o campo de gás, por isso atuaram com cautela.

"Como país soberano, (a Argélia) decidiu que ocorria algo em seu território e que deviam agir, e precisavam fazê-lo com urgência", afirmou Hague, que considerou "crível" a possibilidade de os terroristas terem executado os últimos reféns devido ao ataque do exército argelino.

"É muito possível que algo assim tenha ocorrido", declarou o chefe do Foreign Office, que alertou também sobre uma excessiva intervenção dos países europeus no norte da África em plena operação militar da França no Mali.

"Não há uma solução militar a todos os problemas da região do Sael. Há uma mistura complexa de soluções políticas e econômicas", disse Hague, para quem "as primeiras ações devem ser feitas por meio dos países da região" pois assim se conseguirá "mais legitimidade e uma solução política".

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Londres - O governo do Reino Unido informou neste domingo que seis cidadãos do país morreram ou estão desaparecidos, e que outros 22 reféns dessa nacionalidade sobreviveram ao sequestro em um campo de gás na Argélia.

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Mais cedo, o primeiro-ministro, David Cameron, informou que três cidadãos britânicos morreram e outros três estão desaparecidos, apesar de as autoridades do país acreditarem que também faleceram, da mesma forma que um morador do Reino Unido cuja nacionalidade não foi divulgada.

Em entrevista à "BBC", o premiê evitou criticar as operações de resgate feitas pelas forças armadas argelinas, iniciadas um dia depois do atentado e durante as quais houve baixas entre os reféns.

A última ofensiva, realizada ontem, foi encerrada com saldo de pelo menos sete reféns e 11 terroristas mortos.

"As pessoas farão perguntas sobre a resposta argelina a estes fatos, mas eu gostaria de deixar claro que a responsabilidade por essas mortes recai unicamente sobre os terroristas", declarou.


Ontem, ao término da ação das forças especiais contra os sequestradores, um comunicado oficial do Ministério do Interior argelino informou que 23 civis tinham morrido e 32 terroristas haviam sido abatidos.

Em um programa da rede "BBC", Hague disse hoje que as autoridades argelinas sempre pensaram que a vida dos reféns estava em risco e que os terroristas pensavam explodir o campo de gás, por isso atuaram com cautela.

"Como país soberano, (a Argélia) decidiu que ocorria algo em seu território e que deviam agir, e precisavam fazê-lo com urgência", afirmou Hague, que considerou "crível" a possibilidade de os terroristas terem executado os últimos reféns devido ao ataque do exército argelino.

"É muito possível que algo assim tenha ocorrido", declarou o chefe do Foreign Office, que alertou também sobre uma excessiva intervenção dos países europeus no norte da África em plena operação militar da França no Mali.

"Não há uma solução militar a todos os problemas da região do Sael. Há uma mistura complexa de soluções políticas e econômicas", disse Hague, para quem "as primeiras ações devem ser feitas por meio dos países da região" pois assim se conseguirá "mais legitimidade e uma solução política".

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