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Lombardi diz que Papa "não vai" desconstruir Igreja

Primeiro Papa jesuíta da história "está fora de todos os padrões e se move em total liberdade", explicou o porta-voz

O porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, sobre o papa Francisco: "está fora de todos os padrões e se move em total liberdade" (Andreas Solaro/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 3 de dezembro de 2014 às 10h08.

O porta-voz do Vaticano , padre Federico Lombardi, afirmou em entrevista à revista Popoli nesta quarta-feira (03) que o papa Francisco não vai "desconstruir as instituições" da Igreja Católica . Segundo Lombardi, o Pontífice quer fazer com que a Igreja passe de uma instituição "centralizadora" para uma "na qual as diversas partes sejam ouvidas e tenham um papel maior" na vida da entidade.

O primeiro Papa jesuíta da história "está fora de todos os padrões e se move em total liberdade", explicou o porta-voz. "Isso vem um pouco de uma presença muito pastoral, que o Pontífice busca manter, e um pouco porque pretende manifestar que não é muito preso aos vínculos estruturais. Muitos pensam que o porta-voz está em estrita familiaridade com o Papa, mas não é assim. Não era assim com Bento XVI e não é assim com Francisco", disse Lombardi.

Ele ainda explicou como funciona a comunicação dentro do Vaticano e disse que cada líder da Igreja tem uma posição diferente. O padre explicou que não fica "ligando para o Papa" e faz tudo através do secretário papal. Mas, as diferenças são claras, por exemplo, na questão das visitas de chefes de Estado.

"No release para a imprensa, Bento XVI se concentrava muito no conteúdo das reuniões, com um gosto único para os detalhes e os resumos. Já Francisco gosta de ressaltar muito o lado humano e espiritual dos encontros", destacou.

Pedofilia

Lombardi foi questionado sobre o caso de pedofilia atribuído ao ex-núncio apostólico e ex-arcebispo de Cracóvia Józef Wesolowski.

De acordo com o relato do padre, Wesolowski foi "autorizado a ter uma certa liberdade de movimento, mas com a obrigação de permanência dentro do Estado [do Vaticano] e está sujeito à limitação de comunicação com o exterior". Essa medida foi tomada pelo fim da prisão temporária do ex-núncio e "em consideração sobre suas condições de saúde".

O chefe da comunicação ainda afirmou que "nesta manhã, o promotor de Justiça do Tribunal do Estado da Cidade do Vaticano, Gian Piero Milano, teve um encontro com o procurador-geral da República Dominicana, Francisco Dominguez Brito, sobre o pedido deste último durante sua viagem na Europa para contatar pessoas na Polônia e no Vaticano".

Segundo Lombardi, esse encontro foi muito importante para a questão da cooperação internacional para dar procedimento ao processo contra Wesolowski e "foi útil para ambos os lados" por dar informações sobre o processo dominicano para o Vaticano tomar as medidas necessárias.

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O primeiro Papa jesuíta da história "está fora de todos os padrões e se move em total liberdade", explicou o porta-voz. "Isso vem um pouco de uma presença muito pastoral, que o Pontífice busca manter, e um pouco porque pretende manifestar que não é muito preso aos vínculos estruturais. Muitos pensam que o porta-voz está em estrita familiaridade com o Papa, mas não é assim. Não era assim com Bento XVI e não é assim com Francisco", disse Lombardi.

Ele ainda explicou como funciona a comunicação dentro do Vaticano e disse que cada líder da Igreja tem uma posição diferente. O padre explicou que não fica "ligando para o Papa" e faz tudo através do secretário papal. Mas, as diferenças são claras, por exemplo, na questão das visitas de chefes de Estado.

"No release para a imprensa, Bento XVI se concentrava muito no conteúdo das reuniões, com um gosto único para os detalhes e os resumos. Já Francisco gosta de ressaltar muito o lado humano e espiritual dos encontros", destacou.

Pedofilia

Lombardi foi questionado sobre o caso de pedofilia atribuído ao ex-núncio apostólico e ex-arcebispo de Cracóvia Józef Wesolowski.

De acordo com o relato do padre, Wesolowski foi "autorizado a ter uma certa liberdade de movimento, mas com a obrigação de permanência dentro do Estado [do Vaticano] e está sujeito à limitação de comunicação com o exterior". Essa medida foi tomada pelo fim da prisão temporária do ex-núncio e "em consideração sobre suas condições de saúde".

O chefe da comunicação ainda afirmou que "nesta manhã, o promotor de Justiça do Tribunal do Estado da Cidade do Vaticano, Gian Piero Milano, teve um encontro com o procurador-geral da República Dominicana, Francisco Dominguez Brito, sobre o pedido deste último durante sua viagem na Europa para contatar pessoas na Polônia e no Vaticano".

Segundo Lombardi, esse encontro foi muito importante para a questão da cooperação internacional para dar procedimento ao processo contra Wesolowski e "foi útil para ambos os lados" por dar informações sobre o processo dominicano para o Vaticano tomar as medidas necessárias.

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