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Lobão cita matriz hidrotérmica como garantia de energia

"Se a matriz é hidrotérmica, temos que lançar mão dela. Elas não existem para enfeitar o sistema", declarou, nesta segunda-feira, em entrevista à imprensa

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2013 às 07h48.

Brasília - Para sustentar a garantia de fornecimento de energia no País, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, destaca que a matriz brasileira é hidrotérmica e as térmicas existem para ser usadas. "Se a matriz é hidrotérmica, temos que lançar mão dela. Elas não existem para enfeitar o sistema", declarou, nesta segunda-feira, em entrevista à imprensa.

O ministro ressalta que, mesmo que todas as térmicas fossem desligadas hoje, não haveria racionamento de energia no Brasil. Segundo ele, as usinas continuam ligadas para que os reservatórios das hidrelétricas possam acumular água.

Lobão não estimou quando as térmicas mais caras começarão a ser desligadas. A previsão inicial era que o processo começasse neste mês. "Desligaremos as térmicas quando acharmos que é oportuno e seguro", afirmou. "Não faremos nada por impulso."

Também presente à entrevista o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Mauricio Tolmasquim, endossou o discurso do ministro. "Estamos nos precavendo, não queremos ficar na mão de São Pedro." Segundo ele, o governo trabalha para enfrentar qualquer situação, inclusive para a possibilidade de que, em 2014, o País enfrente a pior série hidrológica dos últimos 80 anos.

De acordo com Tolmasquim, a meta é que, ao fim de novembro, os reservatórios na Região Sudeste cheguem a 47%, e, no Nordeste, a 35%. "É um nível extremamente alto, justamente para nos asseguramos contra a pior série hidrológica."

O diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Hermes Chipp, reiterou que é importante considerar a "complementação térmica" no setor elétrico. "Custa mais, mas o custo maior a gente vai administrar para não ter o desabastecimento", justificou. "A gente escuta muita gente falar de custo elevado, mas ninguém quer passar o que passamos em 2001. Por isso o comitê decide a cada reunião o quanto gerar de térmica: para não ter risco de desabastecimento."

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