Lobão: aumento da gasolina não está na pauta do governo
"O governo vai examinar no momento próprio para atender a essas necessidades da Petrobras, mas isso vai depender de decisões do Ministério da Fazenda", disse o ministro
Da Redação
Publicado em 13 de setembro de 2012 às 10h19.
Brasília - O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, afirmou nesta quinta-feira que o aumento do preço da gasolina não está na pauta de decisão do governo, e que isso será discutido em um momento oportuno.
"Não diria que está na pauta de decisão do governo. Não está. O governo vai examinar no momento próprio para atender a essas necessidades da Petrobras, mas isso vai depender de decisões no âmbito do Ministério da Fazenda", disse a jornalistas após participar do programa "Bom dia ministro", da estatal Empresa Brasil de Comunicação (EBC).
Um novo aumento da gasolina seria benéfico para o caixa da Petrobras, que vem amargando prejuízos na área de abastecimento em função de comprar derivados no exterior a preços mais altos do que vende no mercado interno. A estatal tem importado volumes crescentes de combustíveis para atender ao mercado interno.
Mas a própria presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, disse nesta semana que um aumento nos combustíveis agora não seria "saudável" para o país.
Ele ressalvou, por outro lado, que um reajuste dos combustíveis é fundamental para que a estatal cumpra seu plano de investimentos de 236 bilhões de dólares nos próximos cinco anos, e que a companhia trabalha pela "convergência de preços (ante o mercado internacional) e não pela paridade imediata".
Recentemente, o governo permitiu que a estatal aumentasse os preços do diesel nas refinarias, em 3,9 por cento e 6 por cento, nos dias 25 de junho e 16 de julho, respectivamente.
A gasolina teve os seus preços reajustados apenas uma vez, em 7,83 por cento nas refinarias, em 25 de junho, mas sem repasse para o consumidor, já que houve uma compensação tributária. Apenas o segundo aumento do diesel foi repassado para o valor das bombas.
Vale
Lobão afirmou ainda que uma solução para disputa entre Vale e o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) sobre royalties sairá ainda este ano.
Segundo cálculos do DNPM, a Vale deveria cerca de 4 bilhões de reais em royalties do setor de mineração, valor que a companhia contesta.