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Liga Árabe diz estar preocupada com tensões no Oriente Médio

Uma das principais organizações políticas da região fez uma crítica velada aos Estados Unidos e ao Irã

Cairo, no Egito, sede da Liga Árabe (Anadolu Agency/Getty Images)

Cairo, no Egito, sede da Liga Árabe (Anadolu Agency/Getty Images)

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EFE

Publicado em 5 de janeiro de 2020 às 17h12.

Cairo - A Liga Árabe disse neste domingo, 05, que está preocupada com os sucessivos acontecimentos no Oriente Médio depois do ataque dos Estados Unidos em Bagdá, que matou o comandante da divisão de elite da Guarda Revolucionária do Irã, Qasem Soleimani, e o vice-presidente da milícia iraquiana Forças de Mobilização Popular (PMF), Abu Mahdi al Muhandis.

Em comunicado, a organização disse que o Oriente Médio precisa de calma, não de uma escalada de violência, e que os envolvidos na recente crise devem "extinguir os conflitos, não incentivá-los".

Em uma crítica velada aos Estados Unidos e ao Irã, a Liga Árabe destacou que os eventos dos últimos dias "revelam mais uma vez o alcance das intervenções estrangeiras nos assuntos árabes e seu alto custo político e econômico".

A Liga Árabe disse desejar que os países-membros da organização recuperem a capacidade de "excluir os elementos negativos derivados dessas ingerências, preservando a soberania e a estabilidade".

O governo do Iraque considerou o bombardeio dos Estados Unidos como uma "violação flagrante" da soberania do país, o que fez o parlamento aprovar hoje uma resolução para retirar todas as tropas estrangeiras do território iraquiano.

O rei da Jordânia, Abdullah II, ligou para o presidente do Iraque, Barham Saleh, e ressaltou a necessidade de os países da região tomarem medidas para manter a paz no Oriente Médio.

Outros países árabes mostraram preocupação com o aumento das tensões entre os Estados Unidos e o Irã, que ameaça vingar-se da morte de Soleimani.

O governo de Omã, um dos mais neutros na região, pediu que os dois países resolvam a crise por meio do diálogo.

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