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Líderes do Irã lutam por maior participação nas eleições

Segundo pesquisas divulgadas por meios de comunicação iranianos, se espera uma participação de 57% da população do Irã nos pleitos legislativos

Em um pleito sem confronto ideológico nem programa dos candidatos, que quase não fizeram campanha, o inimigo exterior é o fator comum para reivindicar a participação (AFP/Getty Images)

Em um pleito sem confronto ideológico nem programa dos candidatos, que quase não fizeram campanha, o inimigo exterior é o fator comum para reivindicar a participação (AFP/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 29 de fevereiro de 2012 às 18h54.

Teerã - O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, insistiu nesta quarta-feira que uma participação em massa nas eleições legislativas da próximo sexta-feira em seu país será uma 'bofetada' nas 'potências hegemônicas', em referência aos Estados Unidos e aos países ocidentais, que considera seus inimigos.

Em um pleito sem confronto ideológico nem programa dos candidatos, que quase não fizeram campanha, o inimigo exterior é o fator comum para reivindicar a participação.

'A nação iraniana demonstrará sua firme vontade de combater o inimigo com uma participação em massa', disse Khamenei, segundo a agência oficial iraniana 'Irna'.

Segundo pesquisas divulgadas por meios de comunicação iranianos, cujos dados técnicos e procedência não foram detalhados, se espera uma participação de 57% da população do Irã nos nonos pleitos legislativos realizados desde a criação da República Islâmica em 1979.

Khamenei insistiu que o Irã é um modelo para o mundo muçulmano e apontou que EUA e Israel querem frear seu progresso, que, em sua opinião, inspirou a Primavera Árabe, à qual o regime de Teerã denomina como 'Despertar Islâmico'.

O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, em declarações recolhidas pela 'Irna', também pediu a participação em massa no pleito para escolher um parlamento 'que ajude na construção e no progresso do país'.


Ahmadinejad, cujo entorno se viu acossado pelos seguidores do líder supremo, que o qualificam de desviacionista do regime islâmico, indicou que participar das eleições é uma 'responsabilidade social coletiva' e que o legislativo é decisivo na administração dos assuntos de estado.

O líder da atual legislatura do parlamento, a oitava da Revolução Islâmica, Ali Larijaní, alinhado com Khamenei e considerado líder dos principalistas e rival de Ahmadinejad, disse que a próxima Câmara deve incluir todas as tendências.

Também disse que a 'unidade interna' é parte do mecanismo que reforça a resistência do regime islâmico contra 'os complôs urdidos pelos inimigos', sempre em referência a Israel, EUA e outros países ocidentais.

Larijaní pediu aos candidatos que evitem uma campanha de desprestígio e difamação a seus rivais políticos. 'Preferir uma pessoa ou grupo não deve levar à destruição de outra facção, porque todas têm aspectos positivos', frisou.

Com a maior parte dos reformistas do regime marginalizados destas eleições e os seguidores de Ahmadinejad cercados pelos seguidores de Khamenei, os principalistas esperam levar a grande maioria das 290 cadeiras.

No entanto, Ahmadinejad e seus seguidores fizeram uma longa e intensa pré-campanha em províncias e nas zonas rurais para garantir uma representação substancial na Câmara. 

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