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Líder tailandesa implora que opositores votem em eleição

Manifestantes rejeitaram a proposta de eleição geral, defendendo em vez disso que ela seja substituída por um "conselho popular" não eleito

A primeira-ministra da Tailândia, Yingluck Shinawatra: ela disse que se manterá interinamente no cargo até a nova eleição, marcada para 2 de fevereiro (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 10 de dezembro de 2013 às 08h33.

Bangcoc - Com os olhos marejados, a primeira-ministra tailandesa, Yingluck Shinawatra, pediu nesta terça-feira aos manifestantes de oposição que deixem as ruas e participem de uma eleição extraordinária, mas os líderes dos protestos mantiveram-se firmes e deram 24 horas para a renúncia da premiê.

Após semanas de manifestações, algumas delas violentas, os manifestantes rejeitaram a proposta de eleição geral feita por Yingluck na segunda-feira, defendendo em vez disso que ela seja substituída por um "conselho popular" não eleito.

A ideia gerou temores de que a segunda maior economia do Sudeste Asiático possa abandonar o processo democrático.

Yingluck disse que se manterá interinamente no cargo até a nova eleição, marcada para 2 de fevereiro. Na terça-feira, ela realizou uma reunião ministerial num clube militar.

"Agora que o governo dissolveu o Parlamento, peço a vocês que parem de protestar, e que todos os lados trabalhem por eleições", disse ela a jornalistas ao chegar ao local. "Já cedi ao ponto em que não sei mais como ceder." Os olhos da primeira-ministra --uma empresária de 46 anos, sem experiência política prévia-- se encheram de lágrimas, mas ela logo se recompôs. Yingluck é irmã do político populista Thaksin Shinawatra, um bilionário deposto do cargo de premiê por um golpe militar em 2006, e que vive no exílio desde então.

Thaksin continua sendo uma figura dominante no país, e nos últimos anos sucessivas ondas de protestos mobilizaram partidários e adversários dele.


Na segunda-feira, cerca de 160 mil manifestantes se reuniram pacificamente nos arredores da sede do governo, e cerca de 3.000 deles passaram a noite acampados por lá. Não houve tentativa de invasão do terreno, que parecia estar defendido por policiais e soldados desarmados. A multidão pode voltar a crescer na terça-feira, feriado nacional do Dia da Constituição.

O estopim da atual onda de protestos foi uma tentativa do governo, no mês passado, de aprovar uma lei de anistia que beneficiaria Thaksin, condenado à revelia por abuso de poder.

Suthep Thaugsuban, líder dos manifestantes, disse que o objetivo máximo dos protestos é acabar com o "regime de Thaksin".

"Não podemos permitir que a tirania política, sob o disfarce de um governo da maioria, e o capitalismo clientelista e monopolista, usem a ditadura parlamentar para trair a confiança do povo", disse ele a participantes do protesto na segunda-feira.

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Bangcoc - Com os olhos marejados, a primeira-ministra tailandesa, Yingluck Shinawatra, pediu nesta terça-feira aos manifestantes de oposição que deixem as ruas e participem de uma eleição extraordinária, mas os líderes dos protestos mantiveram-se firmes e deram 24 horas para a renúncia da premiê.

Após semanas de manifestações, algumas delas violentas, os manifestantes rejeitaram a proposta de eleição geral feita por Yingluck na segunda-feira, defendendo em vez disso que ela seja substituída por um "conselho popular" não eleito.

A ideia gerou temores de que a segunda maior economia do Sudeste Asiático possa abandonar o processo democrático.

Yingluck disse que se manterá interinamente no cargo até a nova eleição, marcada para 2 de fevereiro. Na terça-feira, ela realizou uma reunião ministerial num clube militar.

"Agora que o governo dissolveu o Parlamento, peço a vocês que parem de protestar, e que todos os lados trabalhem por eleições", disse ela a jornalistas ao chegar ao local. "Já cedi ao ponto em que não sei mais como ceder." Os olhos da primeira-ministra --uma empresária de 46 anos, sem experiência política prévia-- se encheram de lágrimas, mas ela logo se recompôs. Yingluck é irmã do político populista Thaksin Shinawatra, um bilionário deposto do cargo de premiê por um golpe militar em 2006, e que vive no exílio desde então.

Thaksin continua sendo uma figura dominante no país, e nos últimos anos sucessivas ondas de protestos mobilizaram partidários e adversários dele.


Na segunda-feira, cerca de 160 mil manifestantes se reuniram pacificamente nos arredores da sede do governo, e cerca de 3.000 deles passaram a noite acampados por lá. Não houve tentativa de invasão do terreno, que parecia estar defendido por policiais e soldados desarmados. A multidão pode voltar a crescer na terça-feira, feriado nacional do Dia da Constituição.

O estopim da atual onda de protestos foi uma tentativa do governo, no mês passado, de aprovar uma lei de anistia que beneficiaria Thaksin, condenado à revelia por abuso de poder.

Suthep Thaugsuban, líder dos manifestantes, disse que o objetivo máximo dos protestos é acabar com o "regime de Thaksin".

"Não podemos permitir que a tirania política, sob o disfarce de um governo da maioria, e o capitalismo clientelista e monopolista, usem a ditadura parlamentar para trair a confiança do povo", disse ele a participantes do protesto na segunda-feira.

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