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Líder iraniano pede que países muçulmanos se mantenham unidos contra EUA

Khamenei disse que Trump humilhou os muçulmanos ao dizer que alguns países árabes não sobreviriam sem a proteção americana

Khamenei: o líder iraniano afirmou que o país está aumentando sua capacidade de resistir a tentativas intimidação americana (Morteza Nikoubazl/Reuters)
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EFE

Publicado em 26 de abril de 2018 às 09h25.

Teerã - O líder supremo do Irã , Ali Khamenei, pediu nesta quinta-feira aos países muçulmanos que "se mantenham unidos perante os EUA e outros inimigos", ao afirmar que Teerã resistirá às tentativas de intimidação de Washington .

"A nação iraniana resistiu com sucesso durante os últimos 40 anos perante as tentativas de intimidação dos poderes arrogantes e seguirá resistindo. Hoje, suas capacidades e poder aumentaram mais do que nunca", disse em um encontro com os participantes do Concurso Internacional de Corão em Teerã.

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Na opinião de Khamenei, o presidente americano, Donald Trump, "humilhou" os muçulmanos ao comentar recentemente que alguns países árabes não sobreviriam nem uma semana sem a proteção de Washington.

Se os muçulmanos aplicarem as doutrinas do Corão, "os EUA não poderão ameaçar e amedrontar as nações e países muçulmanos", acrescentou o líder, segundo um comunicado publicado por seu escritório.

O líder iraniano lamentou, além disso, que alguns Estados muçulmanos tenham rompido a união com outras nações do mesmo credo e tenham se aliado a Israel, em alusão à aproximação entre Tel Aviv e Riad.

"Alguns governos imprudentes e ignorantes da nossa região atacam desumanamente outros países e cometem crimes horrendos contra pessoas inocentes", denunciou Khamenei, citando o caso do Iêmen e dos bombardeios da coalizão árabe liderada pela Arábia Saudita.

A Arábia Saudita, aliada dos EUA, mantém uma luta pela influência regional com o Irã, como o apoio que brindam a adversários rivais nos conflitos da Síria e Iêmen.

Os EUA, por sua vez, querem limitar as capacidades militares do Irã e seu envolvimento em outros países da região, e ameaçou se retirar do acordo nuclear assinado em 2015 entre Teerã e seis grandes potências se não forem cumpridas suas exigências.

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