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Líder do PT diz que não há assunto proibido em CPI

Os líderes na Câmara definiram o prazo de 20 horas desta terça-feira como final para a coleta de assinaturas

Líder do partido na Câmara, Jilmar Tatto (SP), afirmou que não deve haver "assunto proibido" na CPI mista que vai investigar as relações do empresário do jogo do bicho Carlos Cachoeira (José Cruz/ABr)

Líder do partido na Câmara, Jilmar Tatto (SP), afirmou que não deve haver "assunto proibido" na CPI mista que vai investigar as relações do empresário do jogo do bicho Carlos Cachoeira (José Cruz/ABr)

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Da Redação

Publicado em 17 de abril de 2012 às 20h49.

Brasília - O líder do PT na Câmara, Jilmar Tatto (SP), afirmou nesta terça-feira não haver "assunto proibido" na CPI mista que vai investigar as relações do empresário do jogo do bicho Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Tatto disse que a apuração pode atingir a políticos de todos os partidos, inclusive o PT. Os líderes na Câmara definiram o prazo de 20 horas desta terça-feira como final para a coleta de assinaturas. São necessárias 171 assinaturas de deputados e 28 de senadores para instalar a comissão. Após a coleta, caberá à presidência do Senado convocar uma sessão do Congresso para a leitura do requerimento.

Tatto atribuiu à oposição as notícias de que o PT tentaria abafar as investigações. "A oposição fala muita bobagem e não merece credibilidade". O petista garantiu que não haverá proteção a correligionários que estejam envolvidos no esquema desvendado pela Polícia Federal. "Não há assunto proibido. Se tiver político do PSDB, parece que tem o governador de Goiás, Marconi Perillo; se tiver do DEM, parece que tem o senador Demóstenes Torres; e se tiver do PT dentro das operações Vegas e Monte Carlo, tem de ser apurado também", disse Tatto.

O líder petista ressaltou que a máxima vale também para agentes privados, como "empreiteiras, construtoras e imprensa". "Vale para todos, era só o que faltava a imprensa também estar envolvida com este submundo. Não há assunto proibido". Segundo Tatto, mais de 60 dos 85 deputados do partido já assinaram o pedido de investigação.

No PMDB, o ritmo de coleta de assinaturas é mais lento. O líder do partido, Henrique Alves (RN), diz que a intenção era recolher o apoio de todos em um jantar na noite desta terça-feira. Mas, diante da fixação do prazo para a entrega, ele está correndo atrás dos colegas. Alves acredita que entre 50 e 60 peemedebistas devem rubricar o requerimento.

O presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), disse não ver dificuldade para a criação da CPI. "Vai ser a CPI com o maior número de assinaturas da história". Ele destacou que, após a entrega do requerimento, a responsabilidade de convocar o Congresso cabe ao presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). Como está hospitalizado, ele poderá repassar a tarefa à primeira vice-presidente da Câmara, Rose de Freitas (PMDB-ES).

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