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Líder do DEM critica Kassab por registro do PSD

O partido cumpriu um dos requisitos para ser reconhecido pelo Tribunal Superior Eleitoral: ter diretórios legalizados em um terço dos 27 Estados

Parlamentares de oposição acusam Kassab de estar fazendo caixa para 2012, ano eleitoral, quando ele deve tentar fazer seu sucessor pelo seu novo partido, o PSD (Prefeitura de SP/Divulgação)

Parlamentares de oposição acusam Kassab de estar fazendo caixa para 2012, ano eleitoral, quando ele deve tentar fazer seu sucessor pelo seu novo partido, o PSD (Prefeitura de SP/Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 2 de setembro de 2011 às 18h58.

Brasília - O líder do DEM na Câmara, deputado Antônio Carlos Magalhães Neto (BA), acusou o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, de "criar um factoide" ao comemorar o registro do PSD em dez Estados. Com isso, o partido cumpriu um dos requisitos para ser reconhecido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE): ter diretórios legalizados em um terço dos 27 Estados. Falta o reconhecimento das 490 mil assinaturas de eleitores para completar as exigências legais.

"Ele quer criar um fato consumado, aproveitando-se do desconhecimento de parte das pessoas", criticou ACM Neto. "Eles cumpriram uma parte da obrigação, pois ainda estão devendo 300 mil assinaturas", completou o líder do DEM no Senado, Demóstenes Torres (GO).

Além do registro em pelo menos nove Estados, a legalização de um novo partido exige as assinaturas de 490 mil eleitores, devidamente autenticadas pelos Tribunais Regionais Eleitorais. O DEM, que foi a legenda mais prejudicada com a evasão de filiados para o PSD, acha que não haverá tempo hábil para que Kassab cumpra a segunda etapa em tempo de disputar as eleições de 2012. Para isso, o partido tem de estar regularizado junto ao TSE até o dia 7 de outubro - um ano antes da eleição municipal.

ACM Neto lembra que os Estados nos quais o PSD obteve registro têm "pouca densidade eleitoral", como Acre, Goiás e Tocantins. Destaca, também, que falta pouco mais de um mês para completar a conferência de mais da metade das assinaturas faltantes, além de responder a impugnações de outros partidos, questionando a legalidade do processo.

O novo partido responde a denúncias de fraudes nas assinaturas, com apoio falso de eleitores já falecidos. "O PSD está buscando é o juízo final, quando os mortos ressuscitarão para dar o aval a suas assinaturas", ironizou Demóstenes.

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