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Líder da oposição da Bielorrússia é presa na fronteira com a Ucrânia

Maria Kolesnikova é a única das três mulheres que lideraram a campanha presidencial da oposição que ainda permanece no país

Vários nomes importantes da oposição seguiram para o exílio ou foram detidos nas últimas semanas (Sergei GAPON/AFP)

Vários nomes importantes da oposição seguiram para o exílio ou foram detidos nas últimas semanas (Sergei GAPON/AFP)

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AFP

Publicado em 8 de setembro de 2020 às 06h36.

Uma das principais líderes da oposição em Belarus, Maria Kolesnikova, foi detida quando tentava atravessar a fronteira com a Ucrânia, afirmou nesta terça-feira à AFP o porta-voz da polícia de fronteiras, que informou que outros dois opositores conseguiram sair do país."Kolesnikova está atualmente detida", disse o porta-voz da Guarda de Fronteiras, Anton Bytchkovski. "Há um procedimento em curso para avaliar a situação jurídica", completou o porta-voz.

De acordo com a mesma fonte, Maria Kolesnikova foi detida quando tentava atravessar a fronteira com outros dois membros do conselho coordenação da oposição, Anton Rodenkov e Ivan Kravtsov. Os dois conseguiram entrar na Ucrânia.

Kolesnikova é a única das três mulheres que lideraram a campanha presidencial da oposição contra o ditador Alexander Lukashenko que ainda permanece em território bielorrusso.

A candidata Svetlana Tikhanovskaya partiu para o exílio na Lituânia. Veronika Tsepkalo, esposa de um candidato vetado, também está no exterior.

Kolesnikova, 38 anos, desapareceu na segunda-feira em Minsk. Amigos afirmaram que ela foi "sequestrada" e levada em um veículo contra sua vontade.

O ministério bielorrusso do Interior afirmou na segunda-feira que não tinha nenhuma informação sobre uma detenção de Kolesnikova.

Vários nomes importantes da oposição, integrantes ou não do conselho de coordenação, organismo que deseja organizar uma transição política em Belarus, seguiram para o exílio ou foram detidos nas últimas semanas.

No domingo, uma manifestação reuniu, pelo quarto fim de semana consecutivo, mais de 100.000 pessoas em Minsk, capital do país, para protestar contra a reeleição de Lukashenko em agosto.

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