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Libertados pelas Farc são entregues a exército

Sequestro de general, cabo e advogada provocou a suspensão dos diálogos de paz entre o governo do país e a guerrilha


	Manifestante durante protesto a favor das negociações de paz entre o governo e as Farc, em Bogotá: Sequestro provocou a suspensão dos diálogos
 (John Vizcaino/Reuters)

Manifestante durante protesto a favor das negociações de paz entre o governo e as Farc, em Bogotá: Sequestro provocou a suspensão dos diálogos (John Vizcaino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 30 de novembro de 2014 às 15h16.

Bogotá. - O general Rubén Darío Alzate, o cabo Jorge Rodríguez e a advogada Gloria Urrego, foram libertados neste domingo (30) pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).

Os sequestrados foram entregues ao exército colombiano na base militar de Rionegro, próxima à cidade de Medellín, no noroeste do país, informou a Cruz Vermelha Internacional à Agência Efe.

Do local, a poucos quilômetros de Medellín, espera-se que sejam transferidos a Bogotá nas próximas horas. 

O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) dirigiu nesta manhã a operação de entrega humanitária dos três sequestrados, que aconteceu por volta das 8h (11h em Brasília).

Alzate e seus acompanhantes foram libertados pelo 'Bloque Ivan Ríos' das Farc no casario de Vegáez, ao norte de Quibdó, capital do departamento (estado) de Chocó (noroeste), conforme informou guerrilha em comunicado. Os três foram sequestrados no local em 16 de novembro.

O responsável do CICV na Colômbia, Christoph Harnisch, informou em comunicado que a operação foi realizada "graças à confiança que as partes depositam na instituição e em seu trabalho humanitário".

Além disso, ele disse que após verificar que os três libertados se encontravam em ótimas condições para viajar eles foram transferidos de helicóptero a Rionegro.

Alzate é o militar do mais alto escalão já sequestrado pelas Farc e sua captura provocou a suspensão por parte do presidente colombiano, Juan Manuel Santo, dos diálogos de paz que mantém há dois anos com as Farc em Havana.

Neste sentido, Harnisch afirmou que acredita que as negociações na capital cubana 'podem retomar em breve', e reiterou 'a vontade' do CICV em apoiar o processo.

O CICV anunciou que nas próximas horas fará uma declaração oficial em sua sede em Bogotá na qual dará os detalhes da operação humanitária. 

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