Mísseis S-300: o presidente libanês também prometeu uma investigação e levar à justiça os autores dos disparos, que não causaram vítimas (Vladimir Mashatin/AFP)
Da Redação
Publicado em 22 de agosto de 2013 às 16h54.
Beirute - As autoridades libanesas condenaram nesta quinta-feira o lançamento de quatro projéteis em direção a Israel do sul do Líbano, um ataque do qual Tel Aviv responsabilizou o governo e o exército libaneses.
O presidente do Líbano, Michel Suleiman, e o primeiro-ministro em fim de mandato, Najib Mikati, consideraram o incidente uma "notável violação da resolução 1701".
Os líderes se referiram ao texto da ONU que deu fim à guerra do verão de 2006 entre Israel e o grupo xiita libanês Hezbollah.
Também prometeram uma investigação e levar à justiça os autores dos disparos, que não causaram vítimas e foram efetuados da região de Tiro.
Mikati afirmou que o exército libanês, em cooperação com as forças da ONU para o Líbano (Finul) realiza uma investigação para descobrir as circunstâncias do incidente.
Denunciou, ainda, qualquer tentativa de solapar a estabilidade que o sul do Líbano vive, especialmente a região fronteiriça.
O exército israelense afirmou horas antes que considera o "governo do Líbano e as Forças Armadas libanesas os organismos responsáveis pelo ataque".
Em uma nota, detalha que um dos projéteis foi alcançado pela bateria antimísseis "Domo de Ferro" entre as cidades de Nahariya e Akko, enquanto outros dois caíram em regiões povoadas causando apenas prejuízos materiais.
O ataque acontece em um momento de alta tensão já que o Líbano responsabilizou Israel de um atentado que causou o passado 15 de agosto 27 mortos e 336 feridos em um feudo do grupo xiita Hezbollah em Beirute.
Por sua vez, o Hezbollah reivindicou um dia antes do atentado a autoria das explosões que feriram quatro soldados israelenses em 7 de agosto em território libanês.
O movimento xiita é um dos principais aliados dos regimes de Damasco e de Teerã e um dos mais próximos inimigos de Israel na região. EFE