Mundo

Lech Walesa mantém críticas contra homossexualidade

O prêmio Nobel da Paz e ex-presidente polonês, Lech Walesa, negou se desculpar


	Gays: as opiniões de Lech Walesa se referem à tentativa fracassada de aprovar no Parlamento polonês uma lei de casais que contemplaria direitos para as uniões de gays.
 (David Silverman/Getty Images)

Gays: as opiniões de Lech Walesa se referem à tentativa fracassada de aprovar no Parlamento polonês uma lei de casais que contemplaria direitos para as uniões de gays. (David Silverman/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 5 de março de 2013 às 17h19.

Varsóvia - O prêmio Nobel da Paz e ex-presidente polonês, Lech Walesa, mantém a postura de que os homossexuais deveriam sentar "na última fila do Parlamento" ou, inclusive, "atrás do muro", e rejeitou se desculpar pelas afirmações com as quais "simplesmente gostaria de explicar que as minorias não podem se impor sobre as maiorias".

O político polonês, que é considerado o herói na luta contra o comunismo e símbolo da chegada da democracia à Polônia, não só manteve suas palavras, mas nesta terça publicou uma carta de apoio recebida nos últimos dias por cidadãos que compartilham a visão.

"Sou da opinião de que os gays são gente doente por sua própria vontade, que se pervertem e permitem demonstrações públicas desses desvios", diz uma das mensagens de apoio.

Com a carta publicada nesta terça, Lech Walesa pretende responder às inúmeras críticas recebidas após afirmar que os deputados homossexuais deveriam se sentar nas últimas fileiras do Parlamento, e não impor suas posturas minoritárias frente à maioria dos parlamentares.

Entre os que questionaram estas duras afirmações, está o próprio filho de Lech Walesa, o eurodeputado conservador Jaroslaw Walesa, que qualificou o comentário de seu pai de "infeliz".

As opiniões de Lech Walesa se referem à tentativa fracassada de aprovar no Parlamento polonês uma lei de casais que contemplaria direitos para as uniões de gays.

A norma foi rejeitada pela maioria dos deputados, e o próprio ministro polonês de Justiça afirmou após a votação que o casamento entre homem e mulher é a única instituição que é preciso proteger na Polônia.

Embora o país ex-comunista seja um dos mais conservadores e católicos da Europa, seu Parlamento conta com um deputado abertamente homossexual, Robert Biedron, e um parlamentar transexual, Anna Grodzka, ambos do partido anticlerical Movimento Palikot.

Lech Walesa, que tem oito filhos e é um reconhecido católico praticante, foi o primeiro presidente da Polônia democrática e suas opiniões são ainda referência entre a sociedade polonesa. 

Acompanhe tudo sobre:EuropaGaysLGBTNobelPolôniaPreconceitosPrêmio Nobel

Mais de Mundo

Israel anuncia corte no fornecimento de eletricidade para Gaza

Serviço Secreto americano dispara contra homem que portava arma perto da Casa Branca

Cuba enfrenta apagões simultâneos em 40% do país neste domingo, 9

Canadá define novo primeiro-ministro neste domingo, 9, em meio a tensão comercial com Trump