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FMI prevê que Eurozona crescerá 1,6% em 2011 e 1,8% em 2012

Segundo o órgão, recuperação européia será lenta e desigual com alto desemprego

Segundo o FMI, a crise atingiu apenas alguns países e não se espalhou pelo continente (Sean Gallup/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 11 de abril de 2011 às 13h43.

Washington - O Fundo Monetário Internacional (FMI) previu nesta segunda-feira que a Eurozona crescerá 1,6% neste ano e 1,8% em 2012, um décimo a mais comparado com a previsão que o próprio organismo tinha anunciado em janeiro.

O FMI assinala em seu relatório semestral "Perspectivas Econômicas Mundiais" divulgado nesta segunda-feira que se trata de uma recuperação "modesta" e "desigual", na qual a atividade econômica real cresce abaixo do potencial e o desemprego ainda é elevado.

O estudo identifica diferenças "substanciais" entre as diferentes economias e menciona, nesse sentido, que o nível de capacidade ociosa é superior nos países da periferia da zona do euro em comparação com as das maiores economias emergentes dessa mesma área que já operam a plena capacidade ou acima dela.

O organismo destaca que a crise de dívida que afetou países periféricos como a Irlanda, Grécia e agora Portugal, foi limitada aos países afetados e não contagiou o resto da Europa.

Mesmo assim, o relatório insiste nas "divergentes" perspectivas de crescimento nos países da região, que refletem, sobretudo, diferenças nos balanços do setor público e privado e as distintas políticas macroeconômicas em andamento.

Na Alemanha, por exemplo, se prevê que o crescimento se modere desde 3,5% de 2010 a 2,5% neste ano. Apesar da contração, o país avançará acima das outras grandes economias da zona do euro como a França, que se espera um crescimento de 1,6%.

A previsão aponta que o crescimento será muito inferior nos países periféricos da zona do euro (Irlanda, Espanha, Portugal e Grécia), que sofrem uma forte e prolongada contração de suas finanças públicas e privadas necessária para resolver seus problemas fiscais e de competitividade.

Os países periféricos sofrem também problemas estruturais mais graves no desemprego.

O Fundo alerta que persistem os riscos na zona do euro e, a curto prazo, as tensões relacionadas com a dívida soberana e o setor bancário nos países mais vulneráveis da zona do euro colocam uma "ameaça significativa" à estabilidade financeira e o crescimento, segundo o FMI.

O Fundo destaca que a situação obedece à "contínua fraqueza" entre as instituições financeiras de muitas das economias avançadas da região, assim como à falta de transparência sobre sua exposição.

O organismo indica que a possibilidade dos preços das matérias-primas subirem acima das expectativas é outro risco para o crescimento.

O Fundo considera que o principal risco a médio prazo é o desequilíbrio fiscal e de competitividade nos países periféricos e a falta de uma ação decidida para abordar as debilidades nos setores bancários de muitos países da região conduzam a um período prolongado de lento crescimento.

O relatório qualifica de "crítica" a necessidade de reduzir a incerteza sobre a qualidade dos ativos bancários, aumentar o capital das entidades viáveis e identificar e solucionar os problemas nos bancos.

O FMI considera que países como a Espanha fizeram mais avanços nessa frente que outros e adverte que sem as reformas necessárias, os sistemas financeiros na Europa seguirão sendo vulneráveis, o crédito poderia voltar a sofrer pressões e a recuperação econômica ressentir-se

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Washington - O Fundo Monetário Internacional (FMI) previu nesta segunda-feira que a Eurozona crescerá 1,6% neste ano e 1,8% em 2012, um décimo a mais comparado com a previsão que o próprio organismo tinha anunciado em janeiro.

O FMI assinala em seu relatório semestral "Perspectivas Econômicas Mundiais" divulgado nesta segunda-feira que se trata de uma recuperação "modesta" e "desigual", na qual a atividade econômica real cresce abaixo do potencial e o desemprego ainda é elevado.

O estudo identifica diferenças "substanciais" entre as diferentes economias e menciona, nesse sentido, que o nível de capacidade ociosa é superior nos países da periferia da zona do euro em comparação com as das maiores economias emergentes dessa mesma área que já operam a plena capacidade ou acima dela.

O organismo destaca que a crise de dívida que afetou países periféricos como a Irlanda, Grécia e agora Portugal, foi limitada aos países afetados e não contagiou o resto da Europa.

Mesmo assim, o relatório insiste nas "divergentes" perspectivas de crescimento nos países da região, que refletem, sobretudo, diferenças nos balanços do setor público e privado e as distintas políticas macroeconômicas em andamento.

Na Alemanha, por exemplo, se prevê que o crescimento se modere desde 3,5% de 2010 a 2,5% neste ano. Apesar da contração, o país avançará acima das outras grandes economias da zona do euro como a França, que se espera um crescimento de 1,6%.

A previsão aponta que o crescimento será muito inferior nos países periféricos da zona do euro (Irlanda, Espanha, Portugal e Grécia), que sofrem uma forte e prolongada contração de suas finanças públicas e privadas necessária para resolver seus problemas fiscais e de competitividade.

Os países periféricos sofrem também problemas estruturais mais graves no desemprego.

O Fundo alerta que persistem os riscos na zona do euro e, a curto prazo, as tensões relacionadas com a dívida soberana e o setor bancário nos países mais vulneráveis da zona do euro colocam uma "ameaça significativa" à estabilidade financeira e o crescimento, segundo o FMI.

O Fundo destaca que a situação obedece à "contínua fraqueza" entre as instituições financeiras de muitas das economias avançadas da região, assim como à falta de transparência sobre sua exposição.

O organismo indica que a possibilidade dos preços das matérias-primas subirem acima das expectativas é outro risco para o crescimento.

O Fundo considera que o principal risco a médio prazo é o desequilíbrio fiscal e de competitividade nos países periféricos e a falta de uma ação decidida para abordar as debilidades nos setores bancários de muitos países da região conduzam a um período prolongado de lento crescimento.

O relatório qualifica de "crítica" a necessidade de reduzir a incerteza sobre a qualidade dos ativos bancários, aumentar o capital das entidades viáveis e identificar e solucionar os problemas nos bancos.

O FMI considera que países como a Espanha fizeram mais avanços nessa frente que outros e adverte que sem as reformas necessárias, os sistemas financeiros na Europa seguirão sendo vulneráveis, o crédito poderia voltar a sofrer pressões e a recuperação econômica ressentir-se

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