Kremlin afirma que prioridade da Rússia é a guerra, não as eleições americanas
País está focado no conflito com a Ucrânia, disse o porta-voz presidencial, Dmitry Peskov
Agência de Notícias
Publicado em 22 de julho de 2024 às 08h58.
Última atualização em 22 de julho de 2024 às 09h12.
OKremlinafirmou, neste domingo, em relação à decisão do presidente dosEstados Unidos, Joe Biden, de retirar sua candidatura à reeleição, que a prioridade para a Rússia é a vitória da campanha militar na Ucrânia, e não a eleição presidencial americana.
"Devemos ser pacientes e acompanhar cuidadosamente o que acontecerá a seguir. A prioridade para nós é alcançar os objetivos da operação militar especial", disse o porta-voz presidencial, Dmitry Peskov, ao canal do Telegram "Shot".
Quem pode substituir Joe Biden?
Peskov acrescentou que “faltam ainda quatro meses para as eleições (nos EUA), que é um longo período em que muitas coisas podem mudar”.
O presidente russo, Vladimir Putin, disse em diversas ocasiões nos últimos meses que a vitória de Biden era mais conveniente para a Rússia do que a do ex-presidente e candidato republicano Donald Trump, que a tomou como um “elogio”.
A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores russo, María Zakharova, pediu uma investigação sobre “a conspiração” entre a imprensa e os meios políticos americanos para esconder a real situação do “estado mental” de Biden.
Por sua vez, o presidente da Câmara dos Deputados, Viacheslav Volodin, acusou Biden de criar problemas “em todo o mundo e em seu próprio país”.
“Quando viu que não iam elegê-lo, fugiu, sem esperar pelas eleições”, disse à imprensa russa.
Além disso, pediu que Biden assuma a responsabilidade de desencadear a guerra na Ucrânia, destruindo a economia dos países europeus e a política de sanções contra Rússia e outros Estados.
Sobre o impacto do anúncio de hoje no resultado eleitoral, o vice-presidente do Senado, Konstantin Kosachov, disse que com a retirada de Biden, as hipóteses de vitória de Trump aumentarão.
Em uma recente conversa telefônica com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, o candidato republicano destacou sua intenção de encerrar imediatamente a guerra caso retorne à Casa Branca.