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Kosovo pede reconhecimento e tratado de paz à Sérvia

Kosovo exortou sua ex-metrópole, a Sérvia, a reconhecer sua independência durante a primeira visita de ministro das Relações Exteriores da ex-província a Belgrado

Militares em Kosovo: Sérvia continua a rejeitar a soberania de sua ex-província do sul, que declarou independência em 2008 (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 23 de outubro de 2014 às 12h10.

Belgrado - Kosovo exortou sua ex-metrópole, a Sérvia , nesta quinta-feira a reconhecer sua independência durante a primeira visita de um ministro das Relações Exteriores da ex-província a Belgrado, numa demonstração de como as relações evoluíram da hostilidade aberta à coexistência prática.

Enver Hoxhaj disse que o reconhecimento deveria ocorrer na forma de um tratado de paz. Ele falava nos bastidores de uma reunião da União Europeia patrocinada por ministros de governo do oeste dos Bálcãs, deliberadamente econômica nas formalidades para evitar quaisquer incidentes diplomáticos entre Sérvia e Kosovo.

A Sérvia continua a rejeitar a soberania de sua ex-província do sul, que declarou independência em 2008, quase uma década depois de uma ofensiva aérea da Organização do Tratado do Atlântico Norte ( Otan ) que deteve a matança e a expulsão de albaneses étnicos por parte de forças sérvias que combatiam uma contra-insurgência.

As duas nações estão envolvidas em um longo processo de diálogo, presidido pela UE e concentrado sobretudo em questões práticas entre os dois países vizinhos.

“Em nossa opinião, o diálogo deveria terminar com um tratado de paz que incluiria o reconhecimento de Kosovo como Estado independente e seu ingresso na Organização das Nações Unidas (ONU)”, declarou Hoxhaj aos repórteres.

“Estou em Belgrado pela primeira vez em 25 anos”, acrescentou, falando em inglês. “Isto mostra o quão difícil foi a jornada para chegar a Belgrado, uma viagem de (só) quatro horas”.

Não foram vistos símbolos estatais na sala de reuniões ministeriais, e as conversas foram de natureza multilateral, para evitar qualquer insinuação de um reconhecimento sérvio de Kosovo. Não houve reação imediata das autoridades sérvias aos comentários de Hoxhaj.

A maior parte dos sérvios considera Kosovo como o berço de sua civilização e da fé cristã ortodoxa, mas a grande maioria do 1,7 milhão de habitantes de Kosovo é de etnia albanesa – a maioria muçulmanos, porém majoritariamente seculares.

Kosovo já foi reconhecido por mais de 100 países desde sua separação, apoiada pelo Ocidente, seis anos atrás. Mas a Rússia, que tem poder de veto no Conselho de Segurança da ONU e é aliada da Sérvia, impede o ingresso kosovar na entidade, complicando o processo de formação de um Estado.

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Belgrado - Kosovo exortou sua ex-metrópole, a Sérvia , nesta quinta-feira a reconhecer sua independência durante a primeira visita de um ministro das Relações Exteriores da ex-província a Belgrado, numa demonstração de como as relações evoluíram da hostilidade aberta à coexistência prática.

Enver Hoxhaj disse que o reconhecimento deveria ocorrer na forma de um tratado de paz. Ele falava nos bastidores de uma reunião da União Europeia patrocinada por ministros de governo do oeste dos Bálcãs, deliberadamente econômica nas formalidades para evitar quaisquer incidentes diplomáticos entre Sérvia e Kosovo.

A Sérvia continua a rejeitar a soberania de sua ex-província do sul, que declarou independência em 2008, quase uma década depois de uma ofensiva aérea da Organização do Tratado do Atlântico Norte ( Otan ) que deteve a matança e a expulsão de albaneses étnicos por parte de forças sérvias que combatiam uma contra-insurgência.

As duas nações estão envolvidas em um longo processo de diálogo, presidido pela UE e concentrado sobretudo em questões práticas entre os dois países vizinhos.

“Em nossa opinião, o diálogo deveria terminar com um tratado de paz que incluiria o reconhecimento de Kosovo como Estado independente e seu ingresso na Organização das Nações Unidas (ONU)”, declarou Hoxhaj aos repórteres.

“Estou em Belgrado pela primeira vez em 25 anos”, acrescentou, falando em inglês. “Isto mostra o quão difícil foi a jornada para chegar a Belgrado, uma viagem de (só) quatro horas”.

Não foram vistos símbolos estatais na sala de reuniões ministeriais, e as conversas foram de natureza multilateral, para evitar qualquer insinuação de um reconhecimento sérvio de Kosovo. Não houve reação imediata das autoridades sérvias aos comentários de Hoxhaj.

A maior parte dos sérvios considera Kosovo como o berço de sua civilização e da fé cristã ortodoxa, mas a grande maioria do 1,7 milhão de habitantes de Kosovo é de etnia albanesa – a maioria muçulmanos, porém majoritariamente seculares.

Kosovo já foi reconhecido por mais de 100 países desde sua separação, apoiada pelo Ocidente, seis anos atrás. Mas a Rússia, que tem poder de veto no Conselho de Segurança da ONU e é aliada da Sérvia, impede o ingresso kosovar na entidade, complicando o processo de formação de um Estado.

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