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Kirchner quer voos da Aerolíneas Argentinas às Malvinas

A governante anunciou que deu instruções a seu gabinete para que a Aerolíneas Argentinas tenham três voos semanais de Buenos Aires a Stanley

Anúncio da presidente acontece em meio à escalada de tensão com o Reino Unido (AFP/Arquivo / Daniel Garcia)
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Da Redação

Publicado em 19 de julho de 2013 às 18h31.

Buenos Aires - A presidente argentina, Cristina Kirchner , anunciou nesta quinta-feira a intenção de renegociar o acordo com o Reino Unido dos voos às ilhas Malvinas para que a conexão entre o continente e o arquipélago envolva Buenos Aires com a estatal Aerolíneas Argentinas.

A governante anunciou que deu instruções a seu gabinete para que a Aerolíneas Argentinas tenham três voos semanais de Buenos Aires a Stanley (ou Puerto Argentino, capital das Malvinas), que, atualmente, só recebe do continente americano aviões da chilena Lan procedentes de Punta Arenas, no Chile.

O anúncio da presidente acontece em meio à escalada de tensão com o Reino Unido, que na quarta-feira pediu a intermediação da União Europeia (UE) após o boicote comercial proposto pelo governo argentino a seus produtos.

'Não estamos aqui para prejudicar nenhuma comunidade', afirmou a presidente, 'queremos demonstrar que nos interessa que cumpram as resoluções da ONU' sobre a disputa entre Argentina e Reino Unido pela soberania das ilhas.

Cristina Kirchner admitiu que os argentinos estão 'cansados da humilhação', insistiu em criticar a 'militarização' das ilhas - onde, disse, há mais de um soldado para cada três pessoas - e ressaltou seu desejo de 'sentar para discutir' as resoluções das Nações Unidas 'contemplando os interesses dos ilhéus'.

A Argentina 'é um país feito por imigrantes, sou neta de imigrantes, mas antes de tudo uma argentina que não pode permitir que haja enclaves coloniais', acrescentou.


'Vamos continuar sendo gente de paz, mas que defende seus direitos', destacou a governante ao falar perante a Assembleia Legislativa.

Em 1999, o então presidente da Argentina Carlos Menem assinou com o primeiro-ministro britânico Tony Blair um acordo de comunicações pelo qual a Argentina permitiu o uso de seu espaço aéreo para que a companhia aérea chilena Lan realizasse voos às Malvinas.

Em virtude deste acordo, a Lan opera um voo semanal a Malvinas que parte de Santiago, realiza escala na cidade chilena de Punta Arenas e aterrissa no aeroporto militar britânico de Mount Pleasant, a 48 quilômetros da capital das ilhas.

Uma vez por mês, este voo da Lan faz escala, de ida e volta, na cidade argentina de Río Gallegos, localizada a 790 quilômetros ao oeste das Malvinas.

O voo da linha aérea de bandeira chilena é a única conexão das ilhas Malvinas com a América do Sul e a principal com o exterior para os 2.913 habitantes do arquipélago.

Além disso, há seis voos mensais para as ilhas que partem do Reino Unido (a cerca de 13 mil quilômetros de distância).

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Buenos Aires - A presidente argentina, Cristina Kirchner , anunciou nesta quinta-feira a intenção de renegociar o acordo com o Reino Unido dos voos às ilhas Malvinas para que a conexão entre o continente e o arquipélago envolva Buenos Aires com a estatal Aerolíneas Argentinas.

A governante anunciou que deu instruções a seu gabinete para que a Aerolíneas Argentinas tenham três voos semanais de Buenos Aires a Stanley (ou Puerto Argentino, capital das Malvinas), que, atualmente, só recebe do continente americano aviões da chilena Lan procedentes de Punta Arenas, no Chile.

O anúncio da presidente acontece em meio à escalada de tensão com o Reino Unido, que na quarta-feira pediu a intermediação da União Europeia (UE) após o boicote comercial proposto pelo governo argentino a seus produtos.

'Não estamos aqui para prejudicar nenhuma comunidade', afirmou a presidente, 'queremos demonstrar que nos interessa que cumpram as resoluções da ONU' sobre a disputa entre Argentina e Reino Unido pela soberania das ilhas.

Cristina Kirchner admitiu que os argentinos estão 'cansados da humilhação', insistiu em criticar a 'militarização' das ilhas - onde, disse, há mais de um soldado para cada três pessoas - e ressaltou seu desejo de 'sentar para discutir' as resoluções das Nações Unidas 'contemplando os interesses dos ilhéus'.

A Argentina 'é um país feito por imigrantes, sou neta de imigrantes, mas antes de tudo uma argentina que não pode permitir que haja enclaves coloniais', acrescentou.


'Vamos continuar sendo gente de paz, mas que defende seus direitos', destacou a governante ao falar perante a Assembleia Legislativa.

Em 1999, o então presidente da Argentina Carlos Menem assinou com o primeiro-ministro britânico Tony Blair um acordo de comunicações pelo qual a Argentina permitiu o uso de seu espaço aéreo para que a companhia aérea chilena Lan realizasse voos às Malvinas.

Em virtude deste acordo, a Lan opera um voo semanal a Malvinas que parte de Santiago, realiza escala na cidade chilena de Punta Arenas e aterrissa no aeroporto militar britânico de Mount Pleasant, a 48 quilômetros da capital das ilhas.

Uma vez por mês, este voo da Lan faz escala, de ida e volta, na cidade argentina de Río Gallegos, localizada a 790 quilômetros ao oeste das Malvinas.

O voo da linha aérea de bandeira chilena é a única conexão das ilhas Malvinas com a América do Sul e a principal com o exterior para os 2.913 habitantes do arquipélago.

Além disso, há seis voos mensais para as ilhas que partem do Reino Unido (a cerca de 13 mil quilômetros de distância).

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