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Kirchner disse que submarino tinha "30 anos de vida útil" em 2011

Na ocasião, para a reparação da ARA San Juan, incorporado à Marinha em 1985, foi necessário cortar ao meio o aparelho e realizar mais de 429 trabalhos

Kirchner: "Um novo começo que nos permitirá uma vida útil de mais de 30 anos para este submarino" (Getty Images/Getty Images)
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EFE

Publicado em 23 de novembro de 2017 às 15h58.

Buenos Aires - Um discurso pronunciado em 2011 pela ex-presidente argentina Cristina Kirchner (2007-2015) foi lembrado nesta quinta-feira por ter estimado "uma vida útil de mais de 30 anos" para o submarino ARA San Juan, desaparecido há oito dias com 44 pessoas a bordo nas águas do Atlântico sul.

"Hoje estamos terminando os chamados os trabalhos de meia vida deste submarino (...) e em dezembro irá à água, funcionando", disse Cristina em setembro de 2011, durante o ato pela finalização da primeira etapa da reconstrução do ARA San Juan.

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"Um novo começo que nos permitirá uma vida útil de mais de 30 anos para este submarino", acrescentou a então presidente, com "grande orgulho" pela reativação da indústria naval argentina.

Na ocasião, para a reparação da ARA San Juan, um submarino de fabricação alemã incorporado à Marinha argentina em 1985, foi necessário cortar literalmente ao meio o aparelho e realizar mais de 429 trabalhos, para os quais foram necessárias 250 mil horas.

O submarino, de 66 metros de comprimento e sete metros e meio de largura, partiu da província de Ushuaia, no extremo sul da Argentina, e deveria retornar à sua base de Mar del Plata (400 quilômetros ao sul de Buenos Aires) no domingo passado.

A Marinha confirmou nesta quinta-feira que uma anomalia acústica detectada no mesmo dia do desaparecimento, a 30 milhas da última localização (na região do Golfo San Jorge, a 432 quilômetros do litoral da Patagônia argentina) corresponde a um "evento anômalo singular curto, violento e não nuclear consistente com uma explosão".

Apesar de tudo, continua a intensa operação de busca, da qual participam equipes de diferentes partes do mundo. No entanto, os familiares dos tripulantes têm cada vez menos esperanças de encontrá-los com vida.

Alguns se sentem enganados e não hesitam em contar algumas experiências ruins de navegação de seus parentes a bordo da ARA San Juan.

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