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Kiev denuncia concentração de blindados russos na fronteira

Kiev denunciou a concentração de blindados russos na fronteira russo-ucraniana


	Separatistas pró-Rússia monta guarda: concentração ocorre em Lugansk e na Crimeia
 (Shamil Zhumatov/Reuters)

Separatistas pró-Rússia monta guarda: concentração ocorre em Lugansk e na Crimeia (Shamil Zhumatov/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 21 de julho de 2014 às 12h55.

Kiev - Kiev denunciou nesta segunda-feira a concentração de blindados russos na fronteira russo-ucraniana, tanto à altura da região de Lugansk, no conflituoso leste da Ucrânia, como na península da Crimeia, anexada por Moscou em março.

"Cem blindados das Forças Armadas da Rússia chegaram de trem à estação ferroviária de Otvázhnoe, na região de Rostov. A coluna partiu rumo a Novoshajtinsk", cidade russa na fronteira com a região ucraniana de Lugansk, denunciou o porta-voz do Comitê de Segurança Nacional e Defesa da Ucrânia, Andrei Lisenko.

Segundo Lisenko, as tropas russas também reforçaram a presença de seus blindados em uma estreita faixa de terra que separa a Crimeia do resto do território da Ucrânia, à altura da cidade ucraniana de Strelkóvoe, na região de Jersón.

Além disso, disse que o Conselho de Segurança Nacional ucraniano dispõe de dados que indicam que os militares russos estão minando as águas territoriais da Crimeia nos mar de Azov, consideradas ucranianas por Kiev e pela maior parte da comunidade internacional.

"Essas águas são as que cercam as plataformas de extração de gás. Duas lanchas russas cobrem os trabalhos de minado", assinalou Lisenko.

A suposta concentração das tropas russas na fronteira coincide com a chegada à Ucrânia dos analistas internacionais que deverão investigar as circunstâncias da queda na quinta-feira do Boeing 777 malásio, que caiu com 298 passageiros a bordo em uma região controlada pelos separatistas russófilos.

A Ucrânia e parte da comunidade internacional, com o Ocidente à frente, carregaram estes dias contra a Rússia pelo apoio que o país presta aos separatistas que agem no leste da Ucrânia, suspeitos por sua vez de estarem envolvidos no incidente com o avião malásio.

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