Khamenei celebra fim de sanções, mas pede desconfiança
A máxima figura política e religiosa do país apoiou a resolução da crise causada pelo polêmico programa nuclear iraniano e os esforços do presidente
Da Redação
Publicado em 19 de janeiro de 2016 às 10h58.
Teerã - O líder supremo iraniano , Ali Khamenei, cumprimentou nesta terça-feira como um sucesso o fim das sanções internacionais contra o Irã, mas pediu às autoridades que mantenham a "desconfiança" com o Ocidente e exijam "que cumpram suas obrigações no acordo nuclear ".
A máxima figura política e religiosa do país apoiou a resolução da crise causada pelo polêmico programa nuclear iraniano e os esforços do presidente, Hassan Rohani, para chegar a uma solução negociada.
"Expresso minha satisfação porque a resistência da grande nação iraniana contra as opressivas sanções, os esforços dos cientistas nucleares em avançar nesta importante indústria, assim como os incansáveis esforços de nossos negociadores, forçaram o lado oposto, conhecido por sua inimizade com o Irã, a retirar e eliminar parte das sanções que nos acossavam", afirmou.
Apesar reconhecer e felicitar o trabalho dos negociadores nucleares e do governo em resolver este assunto, Khamenei lembrou que essa conquista "frente a arrogância e o assédio chegou como resultado da resistência e da fortaleza diante da adversidade" demonstrada pelos iranianos.
Desse modo, pediu que a atitude do povo seja vista "como uma lição para outros eventos na República Islâmica".
Mas Khamenei descartou qualquer tipo de aproximação entre seu país e ocidente e exigiu em troca manter a guarda alta, particularmente com os Estados Unidos, cujos líderes fizeram declarações logo depois da entrada em vigor do acordo nuclear que "abrem motivos para suspeitas".
"Sublinho outra vez que neste assunto, como em outros muitos, o engano e a ruptura dos compromissos pelos poderes arrogantes, especialmente os EUA, não deve ser negligenciada", apontou.
Além disso, também afirmou que as autoridades do país não devem confiar muito nos resultados do acordo e no fim das sanções e apontou que para resolver os problemas econômicos do país isso não será suficiente.
"A resolução dos problemas econômicos está ligada a realizar esforços sábios e incansáveis em direção a economia da resistência, e o fim das sanções por si só não será suficiente para melhorar o bem-estar dos cidadãos", avaliou.
Estas foram as primeiras declarações públicas de Khamenei sobre as sanções desde o anúncio, sábado, da efetiva entrada em vigor do acordo nuclear assinado em julho entre o Irã e o G5+1 (EUA, França, Rússia, Reino Unido, China e Alemanha).
O fim das sanções foi saudado pelo presidente Rohani como o início de uma nova era para o relacionamento do Irã com o resto do mundo e como trampolim para um futuro econômico brilhante para o país.
Teerã - O líder supremo iraniano , Ali Khamenei, cumprimentou nesta terça-feira como um sucesso o fim das sanções internacionais contra o Irã, mas pediu às autoridades que mantenham a "desconfiança" com o Ocidente e exijam "que cumpram suas obrigações no acordo nuclear ".
A máxima figura política e religiosa do país apoiou a resolução da crise causada pelo polêmico programa nuclear iraniano e os esforços do presidente, Hassan Rohani, para chegar a uma solução negociada.
"Expresso minha satisfação porque a resistência da grande nação iraniana contra as opressivas sanções, os esforços dos cientistas nucleares em avançar nesta importante indústria, assim como os incansáveis esforços de nossos negociadores, forçaram o lado oposto, conhecido por sua inimizade com o Irã, a retirar e eliminar parte das sanções que nos acossavam", afirmou.
Apesar reconhecer e felicitar o trabalho dos negociadores nucleares e do governo em resolver este assunto, Khamenei lembrou que essa conquista "frente a arrogância e o assédio chegou como resultado da resistência e da fortaleza diante da adversidade" demonstrada pelos iranianos.
Desse modo, pediu que a atitude do povo seja vista "como uma lição para outros eventos na República Islâmica".
Mas Khamenei descartou qualquer tipo de aproximação entre seu país e ocidente e exigiu em troca manter a guarda alta, particularmente com os Estados Unidos, cujos líderes fizeram declarações logo depois da entrada em vigor do acordo nuclear que "abrem motivos para suspeitas".
"Sublinho outra vez que neste assunto, como em outros muitos, o engano e a ruptura dos compromissos pelos poderes arrogantes, especialmente os EUA, não deve ser negligenciada", apontou.
Além disso, também afirmou que as autoridades do país não devem confiar muito nos resultados do acordo e no fim das sanções e apontou que para resolver os problemas econômicos do país isso não será suficiente.
"A resolução dos problemas econômicos está ligada a realizar esforços sábios e incansáveis em direção a economia da resistência, e o fim das sanções por si só não será suficiente para melhorar o bem-estar dos cidadãos", avaliou.
Estas foram as primeiras declarações públicas de Khamenei sobre as sanções desde o anúncio, sábado, da efetiva entrada em vigor do acordo nuclear assinado em julho entre o Irã e o G5+1 (EUA, França, Rússia, Reino Unido, China e Alemanha).
O fim das sanções foi saudado pelo presidente Rohani como o início de uma nova era para o relacionamento do Irã com o resto do mundo e como trampolim para um futuro econômico brilhante para o país.