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Kassab deixa DEM, leva Afif e cria PSD na segunda

O vice-governador de São Paulo e o secretário de Negócios Jurídicos da Prefeitura paulistana, Cláudio Lembo, saem para acompanhar o prefeito no novo partido

Kassab manteve conversas com o PMDB e o PSB antes de criar a nova legenda (Prefeitura de SP/Divulgação)

Kassab manteve conversas com o PMDB e o PSB antes de criar a nova legenda (Prefeitura de SP/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 19 de março de 2011 às 08h27.

São Paulo - Depois de cinco meses de articulações, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, anunciou ontem o desligamento do DEM e a criação de um novo partido, batizado de PSD (Partido Social Democrático), com o objetivo de se cacifar politicamente para disputar a eleição estadual de 2014. O anúncio despertou certa desconfiança no Palácio dos Bandeirantes, que travou uma queda de braço tácita com o prefeito nos últimos dias para evitar que Kassab engordasse a nova legenda com aliados do governador Geraldo Alckmin (PSDB).

O lançamento oficial do novo partido será na Assembleia Legislativa paulista, na segunda-feira, às 12h30. Na ocasião, será feita a leitura de manifesto de fundação da sigla. O vice-governador Guilherme Afif Domingos e o secretário de Negócios Jurídicos da Prefeitura paulistana, Cláudio Lembo, saem do DEM para acompanhar Kassab.

Embora o prefeito e Afif defendam a manutenção da aliança com o PSDB no novo partido, aliados de Alckmin veem na mudança articulação de Kassab para entrar na base aliada da presidente Dilma Rousseff. Alguns defendem que a secretaria de Desenvolvimento Econômico, de Afif, seja mantida com o DEM - e, portanto, retirada do vice.

Ontem, os articuladores políticos de Alckmin estavam de olho nos vereadores tucanos. Estava previsto um jantar deles com Kassab. O desafio de Kassab nesta reta final é angariar quadros para a nova legenda. Amanhã embarca para Salvador, onde se encontra com potenciais integrantes do PSD.

Nos últimos cinco meses, Kassab manteve conversas com o PMDB e o PSB. Decidiu criar a nova legenda como uma manobra para sair do DEM sem ter o mandato questionado na Justiça. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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