Belgrado - A justiça sérvia confirmou nesta terça-feira que ex-general sérvio-bósnio acusado de crimes de guerra Ratko Mladic pode ser extraditado à Haia, ao rejeitar o recurso da defesa, informou o porta-voz do departamento especial de crimes de guerra do Tribunal, Dusica Ristic.

A defesa baseava seu recurso no suposto mau estado de saúde do ex-general, que já sofreu um derrame cerebral e parece ter imobilizado uma mão.

Desta forma, o último passo pendente do procedimento legal de extradição é a empresa da ministra da Justiça, Snezana Malovic, que pode rubricar a mudança desta mesma tarde.

A entrega do acusado, capturado na quinta-feira após 16 anos foragido, ao Tribunal Penal Internacional para a Antiga Iugoslávia (TPII), em Haia, é, portanto, questão de horas.

As autoridades sérvias anunciaram que não será comunicado o momento da extradição de Mladic por razões de segurança, só será informado ao fim da operação.

Mladic foi detido na quinta-feira em uma aldeia do norte da Sérvia, na casa de um primo onde supostamente ficou escondido durante vários anos.

O ex-líder militar servo-bósnio é acusado pelo TPII de genocídio e outros crimes cometidos durante a guerra bósnia (1992-1995).