Justiça francesa tem 54 processos por apologia ao terrorismo
A "France Info", responsável pela divulgação do número, disse que os tribunais já ditaram cinco penas, algumas delas inclusive de vários anos de prisão
Da Redação
Publicado em 14 de janeiro de 2015 às 15h11.
Paris - A justiça francesa abriu 54 processos por apologia ao terrorismo em relação com declarações de pessoas sobre os atentados nos quais foram assassinadas 17 pessoas na semana passada.
A "France Info", responsável pela divulgação do número, disse que os tribunais já ditaram cinco penas, algumas delas inclusive de vários anos de prisão.
O Ministério da Justiça explicou que aproximadamente 50 processos deram lugar a 20 investigações pelas quais estão previstas pelo menos oito ações judiciais em comparecimento imediato.
Entre as sentenças, está a de um homem de 34 anos condenado a quatro anos de prisão por resistência à autoridade com o agravante de apologia ao terrorismo.
Em seu caso, após um acidente de circulação em Haulchain (no norte da França, perto da fronteira belga) ele atacou os policiais que iam submetê-lo a um teste de bafômetro ao qual se negava e defendeu os atentados.
Em Orléans (centro) e em Tolano (sudeste), os juízes também sentenciaram a um ano de prisão - com oito e nove meses de cumprimento efetivo atrás das grades, respectivamente - dois indivíduos que lançaram gritos na rua a favor dos terroristas na semana passada.
Um deles - segundo o relato do jornal "Le Monde" - disse: "Estou orgulhoso de ser muçulmano. Não gosto da 'Charlie'. Tiveram razão para fazer isso".
A maior parte dessas declarações de apoio aos jihadistas se dirigiam contra agentes das forças da ordem.
Nesta manhã, foi detido o humorista Dieudonné, que é alvo de uma investigação por um comentário em sua conta do Facebook que é considerado uma amostra de solidariedade com Amedy Coulibaly, um dos três jihadistas que atuaram na França.
Dieudonné, condenado em várias ocasiões por suas declarações e brincadeiras antissemitas, disse depois dos atentados que, "no que cabe a mim, me sinto Charlie Coulibaly".
O humorista brincava assim com o lema "Eu sou Charlie" de apoio à revista satírica "Charlie Hebdo", atacada na quarta-feira da semana passada pelos irmãos Saïd e Chérif Kouachi, coordenados com Coulibaly, o assassino de um policial na quinta-feira no sul de Paris, e de quatro clientes de um supermercado judeu, também da capital, no dia seguinte.
"Em nenhum caso isso é apologia ao terrorismo", já que teria que haver "um ataque direto" e aqui "não há nenhum apoio aos crimes que foram cometidos", mas "um simples ponto de vista em um momento determinado", disse em declarações à "France Info" o advogado do humorista, Jacques Verdier, que lembrou que o comentário foi retirado rapidamente.
Dieudonné pode ser condenado até a sete anos de prisão pelas acusações contra si, assim como ao pagamento de uma multa.
Paris - A justiça francesa abriu 54 processos por apologia ao terrorismo em relação com declarações de pessoas sobre os atentados nos quais foram assassinadas 17 pessoas na semana passada.
A "France Info", responsável pela divulgação do número, disse que os tribunais já ditaram cinco penas, algumas delas inclusive de vários anos de prisão.
O Ministério da Justiça explicou que aproximadamente 50 processos deram lugar a 20 investigações pelas quais estão previstas pelo menos oito ações judiciais em comparecimento imediato.
Entre as sentenças, está a de um homem de 34 anos condenado a quatro anos de prisão por resistência à autoridade com o agravante de apologia ao terrorismo.
Em seu caso, após um acidente de circulação em Haulchain (no norte da França, perto da fronteira belga) ele atacou os policiais que iam submetê-lo a um teste de bafômetro ao qual se negava e defendeu os atentados.
Em Orléans (centro) e em Tolano (sudeste), os juízes também sentenciaram a um ano de prisão - com oito e nove meses de cumprimento efetivo atrás das grades, respectivamente - dois indivíduos que lançaram gritos na rua a favor dos terroristas na semana passada.
Um deles - segundo o relato do jornal "Le Monde" - disse: "Estou orgulhoso de ser muçulmano. Não gosto da 'Charlie'. Tiveram razão para fazer isso".
A maior parte dessas declarações de apoio aos jihadistas se dirigiam contra agentes das forças da ordem.
Nesta manhã, foi detido o humorista Dieudonné, que é alvo de uma investigação por um comentário em sua conta do Facebook que é considerado uma amostra de solidariedade com Amedy Coulibaly, um dos três jihadistas que atuaram na França.
Dieudonné, condenado em várias ocasiões por suas declarações e brincadeiras antissemitas, disse depois dos atentados que, "no que cabe a mim, me sinto Charlie Coulibaly".
O humorista brincava assim com o lema "Eu sou Charlie" de apoio à revista satírica "Charlie Hebdo", atacada na quarta-feira da semana passada pelos irmãos Saïd e Chérif Kouachi, coordenados com Coulibaly, o assassino de um policial na quinta-feira no sul de Paris, e de quatro clientes de um supermercado judeu, também da capital, no dia seguinte.
"Em nenhum caso isso é apologia ao terrorismo", já que teria que haver "um ataque direto" e aqui "não há nenhum apoio aos crimes que foram cometidos", mas "um simples ponto de vista em um momento determinado", disse em declarações à "France Info" o advogado do humorista, Jacques Verdier, que lembrou que o comentário foi retirado rapidamente.
Dieudonné pode ser condenado até a sete anos de prisão pelas acusações contra si, assim como ao pagamento de uma multa.