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Justiça egípcia interroga Mursi sobre fuga da prisão em 2011

Investigação pretende apurar se a Irmandade Muçulmana teve apoio de grupos estrangeiros, como Hezbollah ou Hamas

Mohamed Mursi foi deposto da presidência do Egito em 3 de julho (REUTERS/Ueslei Marcelino)
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Da Redação

Publicado em 14 de julho de 2013 às 11h14.

A justiça egípcia começou a interrogar neste domingo o presidente deposto Mohamed Mursi e outros membros da Irmandade Muçulmana sobre as circunstâncias da sua fuga da prisão durante a revolta de 2011, informaram fontes judiciais.

A investigação é uma resposta às acusações de que Mursi e outros altos funcionários escaparam da prisão de Wadi Natrun (noroeste do Cairo), durante a insurreição de janeiro de 2011, e pretende apurar se a Irmandade teve a ajuda de grupos estrangeiros, como o Hezbollah libanês ou Hamas palestino, segundo as mesmas fontes.

Cairo – O interrogatório do presidente islamita deposto por um golpe de Estado em 3 de julho acontece em um local secreto, indicaram.

No sábado, fontes judiciais informaram que o novo procurador-geral analisava queixas contra Mohamed Mursi e a Irmandade Muçulmana por "espionagem", "incitação ao assassinato de manifestantes" e "má gestão econômica".

Esta análise poderia levar à abertura oficial de uma investigação.

O Exército egípcio depôs Mursi após manifestações em massa exigindo a sua saída. Seus partidários continuam a protestar contra o golpe militar e a tensão prossegue em todo o país.

Segundo as autoridades, Mursi está "seguro" e é tratado "com dignidade".

As negociações para a formação do governo interino egípcio se intensificaram no sábado e o governo pode ser anunciado na terça ou quarta-feira.

O primeiro-ministro Hazem Beblawi se reuniu e com alguns futuros ministros, e as consultas devem continuar neste domingo.

O novo poder Executivo terá 30 membros, segundo Bablawi, que indicou que suas prioridades serão: restaurar a segurança, garantir o fornecimento de bens e serviços e preparar eleições legislativas e presidenciais.

Segundo fontes oficiais citadas pela agência Mena, o ministro do Interior, Mohamed Ibrahim, e, especialmente, o da Defesa, o general Abdel Fatah al-Sissi, deve permancer em seus respectivos cargos.

O Prêmio Nobel da Paz Mohamed ElBaradei, um dos líderes da oposição ao presidente deposto Mohamed Mursi, foi empossado neste domingo como vice-presidente encarregado das relações internacionais do Egito, de acordo com o anúncio da presidência interina.

Os esforços para a formação do novo governo refletem o compromisso das autoridades de seguir em frente, apesar dos protestos em favor de Mursi.

"Haverá novas manifestações", declarou o porta-voz da Irmandade Muçulmana, Tareq al-Muri. "Serão eventos pacíficos", assegurou à AFP.

Sexta-feira, dezenas de milhares de manifestantes se reuniram para exigir o retorno do presidente islamita, mais de uma semana depois de sua destituição por parte do Exército e do anúncio de um processo de transição.

Os partidários de Mursi se reuniram para a primeira sexta-feira do Ramadã em frente a uma mesquita do Cairo, enquanto os opositores convocaram uma demonstração de força na Praça Tahrir, no final da noite, aproveitando a ruptura do jejum.

Durante todo o dia, uma grande multidão permaneceu reunida em frente à mesquita Rabaa al-Adawiya, no bairro de Nasr City, ocupado por partidários do presidente deposto.

"Estamos aqui para dizer aos militares que não renunciaremos à legitimidade" do primeiro presidente democraticamente eleito do país, declarou à AFP Ashraf Fangary. "Vamos defender Mursi com o nosso sangue", acrescentou Mohamed Yousry.

"Vamos permanecer nas ruas por um mês, dois meses ou até um ano ou dois, se necessário", disse à multidão o líder islamita Safwat Hegazi.

Ele reiterou as exigências da Irmandade Muçulmana: o imediato retorno de Mursi; a realização de eleições legislativas; e a criação de uma comissão de reconciliação nacional.

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A justiça egípcia começou a interrogar neste domingo o presidente deposto Mohamed Mursi e outros membros da Irmandade Muçulmana sobre as circunstâncias da sua fuga da prisão durante a revolta de 2011, informaram fontes judiciais.

A investigação é uma resposta às acusações de que Mursi e outros altos funcionários escaparam da prisão de Wadi Natrun (noroeste do Cairo), durante a insurreição de janeiro de 2011, e pretende apurar se a Irmandade teve a ajuda de grupos estrangeiros, como o Hezbollah libanês ou Hamas palestino, segundo as mesmas fontes.

Cairo – O interrogatório do presidente islamita deposto por um golpe de Estado em 3 de julho acontece em um local secreto, indicaram.

No sábado, fontes judiciais informaram que o novo procurador-geral analisava queixas contra Mohamed Mursi e a Irmandade Muçulmana por "espionagem", "incitação ao assassinato de manifestantes" e "má gestão econômica".

Esta análise poderia levar à abertura oficial de uma investigação.

O Exército egípcio depôs Mursi após manifestações em massa exigindo a sua saída. Seus partidários continuam a protestar contra o golpe militar e a tensão prossegue em todo o país.

Segundo as autoridades, Mursi está "seguro" e é tratado "com dignidade".

As negociações para a formação do governo interino egípcio se intensificaram no sábado e o governo pode ser anunciado na terça ou quarta-feira.

O primeiro-ministro Hazem Beblawi se reuniu e com alguns futuros ministros, e as consultas devem continuar neste domingo.

O novo poder Executivo terá 30 membros, segundo Bablawi, que indicou que suas prioridades serão: restaurar a segurança, garantir o fornecimento de bens e serviços e preparar eleições legislativas e presidenciais.

Segundo fontes oficiais citadas pela agência Mena, o ministro do Interior, Mohamed Ibrahim, e, especialmente, o da Defesa, o general Abdel Fatah al-Sissi, deve permancer em seus respectivos cargos.

O Prêmio Nobel da Paz Mohamed ElBaradei, um dos líderes da oposição ao presidente deposto Mohamed Mursi, foi empossado neste domingo como vice-presidente encarregado das relações internacionais do Egito, de acordo com o anúncio da presidência interina.

Os esforços para a formação do novo governo refletem o compromisso das autoridades de seguir em frente, apesar dos protestos em favor de Mursi.

"Haverá novas manifestações", declarou o porta-voz da Irmandade Muçulmana, Tareq al-Muri. "Serão eventos pacíficos", assegurou à AFP.

Sexta-feira, dezenas de milhares de manifestantes se reuniram para exigir o retorno do presidente islamita, mais de uma semana depois de sua destituição por parte do Exército e do anúncio de um processo de transição.

Os partidários de Mursi se reuniram para a primeira sexta-feira do Ramadã em frente a uma mesquita do Cairo, enquanto os opositores convocaram uma demonstração de força na Praça Tahrir, no final da noite, aproveitando a ruptura do jejum.

Durante todo o dia, uma grande multidão permaneceu reunida em frente à mesquita Rabaa al-Adawiya, no bairro de Nasr City, ocupado por partidários do presidente deposto.

"Estamos aqui para dizer aos militares que não renunciaremos à legitimidade" do primeiro presidente democraticamente eleito do país, declarou à AFP Ashraf Fangary. "Vamos defender Mursi com o nosso sangue", acrescentou Mohamed Yousry.

"Vamos permanecer nas ruas por um mês, dois meses ou até um ano ou dois, se necessário", disse à multidão o líder islamita Safwat Hegazi.

Ele reiterou as exigências da Irmandade Muçulmana: o imediato retorno de Mursi; a realização de eleições legislativas; e a criação de uma comissão de reconciliação nacional.

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