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Justiça da França abre investigação sobre financiamento da campanha presidencial de Le Pen em 2022

MP de Paris informou que líder da extrema direita voltou à mira das autoridades francesas dois dias após a derrota do seu partido, Reagrupamento Nacional, nas eleições legislativas antecipadas

Agência o Globo
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Publicado em 9 de julho de 2024 às 17h55.

Última atualização em 9 de julho de 2024 às 17h57.

Dois dias após a eleição legislativa antecipada na França, o Ministério Público de Paris informou que abriu uma investigação envolvendo Marine Le Pen, líder do partido de extrema direita Reagrupamento Nacional. Em anúncio nesta terça-feira, o MP francês informou que os fatos envolvem o financiamento da campanha de Le Pen a Presidência em 2022, quando foi derrotada pelo atual presidente, Emmanuel Macron.

A investigação foi aberta em 2 de julho, após uma denúncia de 2023 da Comissão Nacional de Contas de Campanha e Financiamento Político (CNCCFP), responsável por controlar os gastos eleitorais dos candidatos, indicou o MP, que confirmando uma informação do canal BMFTV. O anúncio da investigação judicial não deu maiores detalhes sobre as possíveis irregularidades.

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Marine Le Pen investiu 11,5 milhões de euros (R$ 67,8 milhões) na campanha presidencial de 2022, a terceira tentativa da líder de extrema direita. Na campanha anterior, em 2017, a CNCCFP já havia rejeitado 873.576 euros (R$ 5,17 milhões, na cotação atual) dos gastos, 95% dos quais consistiam em empréstimos contraídos pela Frente Nacional —nome do Reagrupamento Nacional antes de reposicionamento do partido.

Em junho, a Corte de Cassação confirmou a condenação da RN por superfaturamento dos kits de campanha utilizados pelos candidatos da extrema direita nas eleições legislativas de 2012, valor reembolsado pelo Estado.

Marine Le Pen, reeleita deputada nas legislativas recentes, também comparecerá a um tribunal a partir de 30 de setembro em um processo ao lado de outras 24 pessoas e de seu partido por desvio de fundos europeus, em um caso relacionado com a remuneração dos auxiliares de seus eurodeputados entre 2004 e 2016.

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