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Justiça argentina absolve ex-presidente por repressão

Cinco pessoas morreram no dia 20 de dezembro de 2001 no centro de Buenos Aires durante uma violenta repressão policial

O ex-presidente argentino Fernando de la Rúa: o ex-presidente argentino, de tendência conservadora, também enfrenta um julgamento pelo suposto pagamento de subornos  (©afp.com / Ho)

O ex-presidente argentino Fernando de la Rúa: o ex-presidente argentino, de tendência conservadora, também enfrenta um julgamento pelo suposto pagamento de subornos (©afp.com / Ho)

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Da Redação

Publicado em 27 de dezembro de 2012 às 16h54.

Buenos Aires - A Justiça argentina confirmou nesta quinta-feira a absolvição do ex-presidente Fernando de la Rúa em um caso envolvendo a morte de cinco pessoas devido à repressão policial em Buenos Aires em 20 de dezembro de 2001, dia de sua renúncia, informou seu advogado.

"A Câmara de Cassação (máxima instância penal) homologou a destituição do ex-presidente De la Rúa, fazendo com que o caso fique praticamente fechado. Resta a eventualidade de um recurso extraordinário na Suprema Corte", disse Miguel Almeyra, advogado de De la Rúa.

Cinco pessoas morreram no dia 20 de dezembro de 2001 no centro de Buenos Aires durante uma violenta repressão policial, que deixou em todo o país 30 vítimas fatais, em meio a uma severa crise econômica e institucional que levou neste mesmo dia à renúncia de De la Rúa, que um dia antes havia declarado o estado de sítio.

O tribunal confirmou a absolvição, ditada pela Câmara Nacional de Apelações, de De la Rúa, de 75 anos, que era acusado pelos "crimes de homicídio e lesões culposas" pela repressão na capital argentina, onde uma centena de manifestantes ficaram feridos, além dos cinco falecidos.

"Não existia na cabeça de De la Rúa uma posição de fiador com relação à forma imprudente pela qual foi coordenada a operação de segurança montada em 20 de dezembro de 2001", afirmou a decisão desta quinta-feira a qual a AFP teve acesso.

O ex-presidente argentino (1999-2001), de tendência conservadora, também enfrenta um julgamento pelo suposto pagamento de subornos a senadores para a aprovação de uma lei de reforma das leis trabalhistas em 2000.

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