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Junta nomeada por DeSantis processa Disney por controle de distrito da Flórida

A junta responde assim a outra ação apresentada pela Disney em um tribunal federal há cinco dias, na qual a companhia acusou as autoridades da Flórida de "vingança governamental"

Na demanda apresentada nesta segunda-feira em um tribunal do condado de Orange, no centro de Flórida, a junta solicita que esses acordos sejam considerados nulos (AFP/AFP Photo)

Na demanda apresentada nesta segunda-feira em um tribunal do condado de Orange, no centro de Flórida, a junta solicita que esses acordos sejam considerados nulos (AFP/AFP Photo)

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Agência de notícias

Publicado em 2 de maio de 2023 às 06h48.

Uma junta nomeada pelo governador da Flórida, Ron DeSantis, entrou com uma ação contra a Disney, nesta segunda-feira, 1, pelo controle do distrito que abriga seu parque de atrações no estado, o último episódio da batalha entre a companhia e o político republicano.

A junta responde assim a outra ação apresentada pela Disney em um tribunal federal há cinco dias, na qual a companhia acusou as autoridades da Flórida de "vingança governamental".

No centro da disputa está um acordo aprovado nos anos 1960 que permitia à companhia gerir o distrito onde fica o parque Disney World, nos arredores de Orlando.

DeSantis pôs fim a esse autogoverno depois que a Disney criticou, no ano passado, uma lei impulsionada por ele que proíbe o ensino de assuntos relacionados com a orientação sexual e a identidade de gênero em escolas da Flórida.

Processo

Em fevereiro, o governador nomeou uma junta para administrar o distrito da Disney. Seus cinco membros, no entanto, se depararam com uma surpresa ao assumir os cargos: a gigante do entretenimento havia aprovado uma série de acordos que lhe garantia manter o controle sobre a expansão da área.

Na demanda apresentada nesta segunda-feira em um tribunal do condado de Orange, no centro de Flórida, a junta solicita que esses acordos sejam considerados nulos.

"A Disney esperava amarrar as mãos da nova junta independente", asseguram os demandantes. "Mas, talvez, por precipitação ou arrogância, os acordos da Disney violam princípios básicos do direito constitucional, estatutário e consuetudinário da Flórida. Portanto, são nulos e sem valor, nem sequer valem o papel no qual foram impressos".

A disputa entre DeSantis, estrela em ascensão da direita americana, e a Disney, que emprega mais de 75.000 pessoas na Flórida, se insere na batalha empreendida pelo governador contra políticos, professores e empresas sob a acusação de imporem sua ideologia progressista sobre os demais.

"Não está bem que uma empresa corrompa o governo local e o administre como seu próprio feudo", declarou o republicano de 44 anos sobre a Disney nesta segunda-feira, durante uma coletiva de imprensa celebrada em Titusville, no centro da Flórida.

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