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Julgamento traz à tona irregularidades em castelo alemão

Julgamento de um ex-funcionário do castelo mais famoso da Alemanha levou a relatos alarmantes sobre os hábitos supostamente displicentes de sua equipe

Castelo de Lichtenstein: homem que trabalhava na administração do castelo é acusado de fraude e abuso de confiança (Getty Images)

Castelo de Lichtenstein: homem que trabalhava na administração do castelo é acusado de fraude e abuso de confiança (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 18 de julho de 2014 às 15h11.

Berlim - O julgamento de um ex-funcionário do castelo mais famoso da Alemanha levou a relatos alarmantes sobre os hábitos supostamente displicentes de sua equipe - incluindo animadas festas na suntuosa sala do trono depois do horário de fechamento.

O castelo de conto de fadas de Neuschwanstein, uma réplica de um castelo medieval erguida no sopé dos Alpes, cujas torres inspiraram Walt Disney, atrai mais de 1,5 milhão de visitantes por ano e é uma das principais atrações turísticas da Europa.

Um homem de 66 anos de idade, que trabalhava na administração do castelo, é acusado de fraude e abuso de confiança por não entregar ganhos de quase 5.000 euros de visitas especiais entre 2007 e 2010 para o Estado da Baviera.

Seu vice já foi absolvido de tirar 198 euros de um envelope da arrecadação de uma turnê, devido à falta de provas. "A defesa argumenta que as autoridades do castelo sabiam de tudo", disse um porta-voz do tribunal, na cidade bávara de Kaufbeuren, onde ocorre o julgamento. As acusações podem não parecer graves, mas o julgamento abriu as portas para uma série de denúncias de irregularidades em Neuschwanstein.

Um ex-funcionário que não foi identificado disse à imprensa alemã que, após a saída dos turistas, os funcionários davam festas na sala do famoso trono, um salão ornamentado em dourado e azul. A Administração do castelo da Baviera disse que não pode confirmar as especulações da mídia sobre festas em Neuschwanstein e afirmou que a segurança incluiu um sistema de bloqueio eletrônico e vigilância noturna.

No verão, mais de 6.000 turistas visitam o castelo diariamente. A construção foi encomendada pelo excêntrico Rei Ludwig II da Baviera, como um refúgio privado, e foi aberta ao público sete semanas após ele se afogar em um lago em circunstâncias misteriosas, em 1886. Os quartos luxuosamente decorados incluem ciclos de imagens inspiradas nas lendas medievais em que Richard Wagner se baseou para compor suas óperas. 

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