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Julgamento de médico nazista começa após três adiamentos

Julgamento havia sido adiado por causa de questionamentos sobre a saúde do idoso de 95 anos


	Auschwitz: julgamento havia sido adiado por causa de questionamentos sobre a saúde do idoso de 95 anos
 (Janek Skarzynski/AFP)

Auschwitz: julgamento havia sido adiado por causa de questionamentos sobre a saúde do idoso de 95 anos (Janek Skarzynski/AFP)

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Da Redação

Publicado em 12 de setembro de 2016 às 20h47.

Berlim - O julgamento de Hubert Zafke, ex-médico da SS que serviu no campo de concentração de Auschwitz, começou nesta segunda-feira em meio a questionamentos sobre a saúde do idoso de 95 anos.

Inicialmente agendado para fevereiro deste ano, o julgamento chegou a ser adiado três vezes após o juiz Klaus Kabisch decidir que Zafke não estava saudável o suficiente para participar das sessões.

De acordo com o médico de Zafke, o réu sofre de estresse, pressão alta e tem tendências suicidas. Zafke passou por novo exame nesta quinta-feira e Kabisch decidiu prosseguir com a sessão.

De acordo com a agência DPA News, Zafke entrou no tribunal empurrado em uma cadeira de rodas, segurando uma bengala de madeira, e não fez comentários enquanto eram lidas as acusações contra ele.

Zafke é acusado de ter ajudado os nazistas a assassinar 3.681 pessoas no campo de concentração de Auschwitz. As acusações correspondem ao período de um mês no ano de 1944 e envolvem a morte de judeus que chegaram em 14 trens, entre eles o que transportava a adolescente Anne Frank, cujos documentos nos quais relatava suas experiências durante o Holocausto ganharam destaque no século 20.

Zafke, porém, não é acusado de matar Anne Frank, pois ela morreu em Bergen-Belsen.

Segundo os promotores, a unidade de Zafke estava envolvida nas mortes pelas câmaras de gás, por colher amostras de sangue e outros fluidos de prisioneiras mulheres hospitalizadas e por ajudar na manutenção do campo ao tratar membros da guarda da SS.

O advogado de Zafke insiste que seu cliente era apenas um médico que não cometeu nenhum crime em Auschwitz. Fonte: Dow Jones Newswires.

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