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Julgamento de herdeiro da Samsung começa hoje na Coreia do Sul

A audiência preparatória vai acontecer no tribunal do Distrito Central da capital sul-coreana, e Lee Jae-yong não é obrigado a comparecer

Lee Jae-yong: executivo está detido desde 17 de fevereiro (SeongJoon Cho/Bloomberg)

Lee Jae-yong: executivo está detido desde 17 de fevereiro (SeongJoon Cho/Bloomberg)

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EFE

Publicado em 9 de março de 2017 às 07h13.

Seul - O julgamento por corrupção do herdeiro e presidente de fato do grupo Samsung, Lee Jae-yong, começa nesta quinta-feira em um tribunal de Seul, como parte do caso da "Rasputina", que abalou os alicerces do poder na Coreia do Sul.

A audiência preparatória vai acontecer no tribunal do Distrito Central da capital sul-coreana, a partir das 14h (horário local, 2h de Brasília) e não se sabe se Lee comparecerá hoje, já que a lei não o obriga a isso.

O executivo de 48 anos, que permanece detido desde o dia 17 de fevereiro, é acusado de ter autorizado o desvio de 43 bilhões de wons (cerca de US$ 37,3 milhões) para fundações controladas por Choi Soon-sil, conhecida como a "Rasputina" por sua amizade com a presidente sul-coreana afastada, Park Geun-hye.

Os pagamentos teriam sido feito em troca do fundo público de pensão sul-coreano para autorizar a fusão de duas filiais da Samsung (uma das quais de propriedade do referido fundo) que reforça o controle do clã Lee sobre o grupo.

Além das acusações de suborno, ao vice-presidente de Samsung Electronics, que preside o grupo desde que em 2014 seu pai sofreu um infarto que o deixou inabilitado, também é acusado de crimes como desvio e ocultação de dinheiro no exterior.

Outros quatro altos funcionários da empresa, que permanecem em liberdade, serão julgados ao lado de Lee.

O caso "Rasputina" levou o parlamento sul-coreano a destituir à presidente Park Geun-hye, no mês de dezembro, e o Tribunal Constitucional anunciará amanhã se ratifica ou não esta decisão.

Se for aprovada a destituição de Park, que a acusação considera suspeita no caso, isto tiraria sua imunidade e obrigaria a convocar novas eleições presidenciais em um prazo inferior a 60 dias.

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