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Julgamento de galo francês que cantava cedo demais será em setembro

O galo é acusado de "danos sonoros", mas acabou virando símbolo da "resistência rural" francesa e até capa do The New York Times

Maurice: o galo processado por cantar cedo demais gerou debate na França (Olivier Guerin/AFP)
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AFP

Publicado em 4 de julho de 2019 às 19h31.

Última atualização em 4 de julho de 2019 às 19h35.

O julgamento de um galo denunciado por cantar cedo demais por seus vizinhos numa ilha turística no sudoeste da França será concluído no dia 5 de setembro, depois de uma audiência em que o pássaro foi acusado de "danos sonoros".

A ave, chamada de Maurice, não compareceu à audiência realizada na corte de Rochefort (sudoeste), nem seus denunciantes, um casal de aposentados que possui uma residência de veraneio vizinha ao local onde o galo vive, na ilha de Oléron.

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Por conta da ação, Maurice foi transformado em símbolo da "resistência" rural francesa e mereceu até foto na primeira página do New York Times.

Seu canto ao amanhecer incomoda os proprietários da casa na localidade de Saint-Pierre de Oléron.

Para o advogado Vincent Huberdeau, que representa os demandantes, não é um julgamento "cidade contra o campo. É um problema de perturbação sonora. O galo, o cão, a buzina, a música... se trata de um dossiê sobre o barulho".

Mas cerca de 155 mil pessoas assinaram petições nos últimos meses em apoio a Maurice. Bruno Dionis du Séjour, prefeito da pequena cidade de Gajac (sudoeste), defende que os ruídos do campo sejam classificados como "patrimônio nacional" francês.

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