Mundo

Juiz revoga condicional de vigilante que matou jovem negro

Zimmerman tinha arrecadado mais de US$ 204 mil para sua defesa através de um site que abriu, mas fechou pouco depois

O ex-vigilante voluntário alegou que atuou em defesa própria quando matou o adolescente com o tiro, mas Martin estava desarmado na ocasião (Pool/ Getty Images)

O ex-vigilante voluntário alegou que atuou em defesa própria quando matou o adolescente com o tiro, mas Martin estava desarmado na ocasião (Pool/ Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 1 de junho de 2012 às 18h40.

Miami - Um juiz americano revogou nesta sexta-feira a liberdade condicional a George Zimmerman, vigilante voluntário acusado de homicídio pela morte de um adolescente negro desarmado nos Estados Unidos e deu um prazo de 48 horas para que ele se entregue às autoridades.

A decisão do juiz Kenneth Lester em um tribunal de Sanford (Flórida) ocorre depois de uma informação apontar que Zimmerman e sua esposa, aparentemente, mentiram sobre milhares de dólares que tinham recebido em doações antes da audiência para fiança e não tinham declarado.

Zimmerman tinha arrecadado mais de US$ 204 mil para sua defesa através de um site que abriu, mas fechou pouco depois.

Em uma breve audiência realizada em 27 de abril, o advogado Mark O"Mara disse a Lester, juiz encarregado do caso, que esses fundos foram arrecadados por meio de doações realizadas em uma página de internet aberta por Zimmerman. O advogado ainda falou que só soube da existência deste dinheiro dois dias atrás.

A informação foi revelado depois de uma audiência, na qual o juiz estabeleceu uma fiança de US$ 150 mil para Zimmerman, de 28 anos, acusado de assassinato em segundo grau pela morte em 26 de fevereiro de Trayvon Martin, de 17 anos, em um bairro de Sanford, no centro da Flórida.

O ex-vigilante voluntário alegou que atuou em defesa própria quando matou o adolescente com o tiro, mas Martin estava desarmado na ocasião.

A Promotoria tinha solicitado sua prisão em uma nova moção com o argumento de que Zimmerman e sua esposa mentiram ao juiz durante a audiência de fiança sobre o dinheiro que tinham arrecadado para a defesa.

A moção apresentada pela Promotoria também diz no período em que o acusado permaneceu preso, os dois "falaram por telefone em códigos para esconder o que estavam fazendo". 

Acompanhe tudo sobre:Estados Unidos (EUA)MortesPaíses ricosPreconceitosRacismo

Mais de Mundo

Morte de presidente do Irã não deve gerar revolução, mas disputa silenciosa, diz especialista

EUA: Yellen pedirá a aliados europeus para atuar de modo conjunto nas sanções contra a Rússia

Julgamento de Trump entra em fase final, em meio a suspense sobre seu testemunho

Tensão entre Milei e Sánchez, primeiro-ministro da Espanha, se desdobra em crise diplomática

Mais na Exame