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Judeu ortodoxo é condenado por abuso sexual nos EUA

Nechemya Weberman, de 54 anos, tinha sido condenado em dezembro passado por 57 acusações vinculadas a crimes sexuais e de abuso de menores contra uma menina de 12 anos


	Comemoração de um feriado judeu no estado de Nova York: Rachel Krausz, mãe da vítima, tinha enviado sua filha de 12 anos a sessões com Weberman
 (AFP/ Stan Honda)

Comemoração de um feriado judeu no estado de Nova York: Rachel Krausz, mãe da vítima, tinha enviado sua filha de 12 anos a sessões com Weberman (AFP/ Stan Honda)

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Da Redação

Publicado em 22 de janeiro de 2013 às 17h18.

Nova York - Um conselheiro espiritual da comunidade judaica ultraortodoxa hassídica de Nova York foi sentenciado nesta terça-feira a 103 anos de prisão, após ter sido considerado culpado pelo abuso sexual de uma menina de 12 anos, informou a promotoria do Brooklyn (sudeste).

Nechemya Weberman, de 54 anos, tinha sido condenado em dezembro passado por 57 acusações vinculadas a crimes sexuais e de abuso de menores contra uma menina de 12 anos.

Rachel Krausz, mãe da vítima, tinha enviado sua filha de 12 anos a sessões com Weberman - considerado um "terapeuta sem licença" pela promotoria - porque na escola lhe tinham dito que ela tinha problemas de comportamento.

O conselheiro abusou da menor "múltiplas vezes" desde o início das consultas em 2007 até 2010.

"Se há uma lição a tirar deste caso é que este escritório perseguirá a maldade do abuso sexual de menores, sem importar em que lugar deste condado ocorra", informou o promotor Charles Hynes em um comunicado.

Sua sentença estava prevista para 9 de janeiro, mas foi adiada até esta terça-feira.


O julgamento contra Weberman, que começou na semana passada, revelou detalhes da comunidade hassídica, geralmente muito fechada e que se concentra no Brooklyn.

A mãe explicou que nunca imaginaria um comportamento deste tipo por parte do conselheiro espiritual, dadas as estritas regras da comunidade, em que as pessoas são separadas pelos sexos e onde as relações extraconjugais são um tema tabu.

Segundo a mulher, a filha tinha problemas em aceitar as regras da religião que obrigam as jovens a se vestir de forma austera, com meias grossas que cobrem as pernas.

A adolescente tinha sido repreendida por abrir o primeiro botão da camisa.

É muito raro que acusações deste tipo na comunidade hassídica cheguem à justiça civil.

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